- Victor Espanha conquistou um dos seis assentos no exclusivo foguete New Shepard, que realizará em breve o quinto voo espacial da Blue Origin, companhia do bilionário Jeff Bezos
- E tudo isso por causa de um investimento em criptomoedas. Hespanha desembolsou cerca de R$ 12 mil para adquirir três tokens da CSA e foi sorteado pela empresa com a viagem ao espaço
Foi por causa de um investimento em criptomoedas que o engenheiro Victor Hespanha, de 28 anos, conquistou um dos seis assentos exclusivos no foguete New Shepard. Agora, o mineiro está à espera da remarcação da decolagem do quinto voo espacial da Blue Origin, companhia do bilionário Jeff Bezos, que ocorreria na sexta-feira (20). A partida foi adiada por tempo indeterminado após uma checagem de sistema do foguete.
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Hespanha já era um entusiasta das finanças, mas sempre se considerou um investidor conservador. Estudando aos poucos sobre o assunto, ele resolveu que era a hora de diversificar a carteira com algum ativo de maior risco. O jovem escolheu o Gen-1, da agência espacial para a nação cripto CSA (Crypto Space Agency), como seu primeiro investimento em NFT (tokens não-fungíveis). O que ele não esperava é que esse ativo fosse coroá-lo como o segundo brasileiro da história a sair do planeta Terra e o primeiro no mundo a fazer isso em função de um criptoativo.
Além dos benefícios de exclusividade que um NFT geralmente oferece aos detentores, o ativo da CSA tinha a promessa de sortear entre os investidores um assento na tripulação da Blue Origin. E foi isso que atraiu o mineiro. “Soube do projeto da CSA em uma fase muito embrionária. Vi ali um potencial muito grande pelo fato de trazer uma coisa mais concreta. Pensei ‘alguém vai ser sorteado e isso será investimento excelente'”, relata.
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Na época em que realizou o investimento, Hespanha desembolsou cerca de R$ 12 mil para adquirir três tokens Gen-1, cada um avaliado em 0,25 ETH. Como as criptomoedas estão em trajetória de forte desvalorização, na cotação atual o mesmo investimento custaria um pouco menos, perto de R$ 7,6 mil. Mesmo assim, o engenheiro abocanhou um ótimo negócio, visto que uma viagem ao espaço no foguete da Blue Origin custa no mínimo US$ 28 milhões.
E Hespanha sabe disso. Apesar da “sorte de principiante”, o engenheiro acredita que, graças ao conhecimento que já acumulava sobre investimentos, soube identificar bem a oportunidade.
“É lógico que eu tive sorte, já que várias pessoas estavam concorrendo. Mas também tive um pouco de visão e entrei em uma janela excelente. Tive que estudar antes e tinha uma reserva financeira para isso. Não foi um chute”, afirma.
Agora o investidor faz parte de uma comunidade exclusiva da CSA e conta que já está estudando outros investimentos no mercado cripto para expandir a carteira. Quanto aos três NFTs Gen-1, Hespanha não pretende se desfazer tão cedo. “Tem um valor emocional muito grande. Mesmo que o ativo valorize muito, não sei como é que vou tratar. Esse é o primeiro passo da CSA, eu não sou doido de sair agora. Daqui a pouco sorteiam uma viagem para a Lua”, brinca.
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O jovem embarcou nesta semana para o Texas, nos Estados Unidos, onde passou por um treinamento para embarcar rumo ao espaço. Pelo Twitter, a Blue Origin informou ter observado que um dos sistemas de backup da nave New Shepard não estava atendendo às expectativas de desempenho e por isso a viagem seria adiada. “Com muita cautela, adiaremos o lançamento do #NS21 originalmente programado para sexta-feira. Fique ligado para mais atualizações”, diz a postagem.
Antes de Hespanha, apenas um brasileiro fez este trajeto: o astronauta e ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações Marcos Pontes. “É difícil de cair a ficha. Acredito que quando eu estiver de fato no Texas, vou conseguir dar essa acordada. Por enquanto. estou vivendo um sonho que eu nem consigo entender direito porque é muito grande”, diz.
Enquanto não sai de órbita, daqui da terra firme, o jovem deixa uma mensagem para outros brasileiros e investidores.
“É um privilégio, uma honra e eu estou muito feliz mesmo. Acredito que esse é um passo muito importante para o Brasil e o mundo, de democratização da corrida espacial e de um futuro muito real. Torço para que isso abra portas para muitas pessoas. É preciso estudar, estar atento às oportunidades e se permitir sonhar ao máximo”, relata.
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