- O Crypto Crime Report 2022 mostra que, desde 2017, US$ 33 bilhões em criptomoedas foram usadas para lavagem de dinheiro. O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime estima que, anualmente, sejam lavados entre US$ 800 bilhões e US$ 2 trilhões em criptos, valor semelhante a 5% do PIB global
- O crime mais comum na análise do relatório foi o golpe. Em 2021, US$ 7,7 bilhões em criptomoedas foram retirados das vítimas em todo o mundo. Isto representa um aumento de 81% desde 2020, ano em que a atividade de fraude havia diminuído significativamente em comparação com 2019
Os crimes envolvendo criptomoedas somaram US$ 14 bilhões em 2021, mostra o Crypto Crime Report 2022. O levantamento foi feito pela Chainalysis, a principal plataforma global de pesquisa de blockchain e criptomoedas. Houve um aumento de 79% na comparação com 2020.
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Apesar do valor recorde, as transações ilícitas representam apenas 0,15% de todas as movimentações feitas em criptomoedas no ano – que somaram US$ 15,8 trilhões em 2021, um crescimento de 567% em relação a 2020.
No relatório, a Chainalysis avalia o montante de US$ 14 bilhões em atividades ilegais como um “problema significativo”. “O uso criminoso de criptomoedas cria enormes impedimentos para sua adoção contínua, aumenta a probabilidade de restrições impostas pelos governos e, o pior de tudo, vitimiza pessoas inocentes em todo o mundo”, pontua.
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O Crypto Crime Report 2022 mostra que, desde 2017, US$ 33 bilhões em criptomoedas foram usadas para lavagem de dinheiro. O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime estima que, anualmente, sejam lavados entre US$ 800 bilhões e US$ 2 trilhões em criptos, valor semelhante a 5% do PIB global.
O crime mais comum na análise do relatório foi o golpe. Em 2021, US$ 7,7 bilhões em criptomoedas foram retirados das vítimas em todo o mundo. Isto representa um aumento de 81% desde 2020, ano em que a atividade de fraude havia diminuído significativamente em comparação com 2019.
O relatório também destaca a prática de Ransomware, um ataque cibernético que codifica os dados de uma pessoa ou empresa, exigindo em troca um pagamento em criptomoedas para liberar o acesso ao banco de dados. Entre 2020 e 2021, foram identificados quase US$ 692 milhões em pagamentos de resgates desse tipo.
Baseado no relatório Cryptocurrency Geography 2021, o Brasil está em 14º lugar entre 157 países em termos de adoção de criptomoedas, o quarto lugar na América Latina, atrás da Venezuela, Argentina e Colômbia.
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O mesmo estudo concluiu que a região tem a sexta maior economia de criptos entre as oito analisadas, com uma movimentação de US$ 352,8 bilhões entre julho de 2020 e junho de 2021 – 9% de toda a transação global.
“O Brasil tem grande potencial no mercado de criptomoedas e blockchain. É um país que busca formas inovadoras de investimento e está atento às tendências globais. Chainalysis cria um diálogo sobre o tema e promove a educação para um mercado que está em ascensão e precisa ser cuidadosamente analisado”, afirma em nota Magdiela Núñez, Gerente de Marketing de Parceiros Globais da Chainalysis.