- O ecossistema Solana voltou a conquistar a confiança dos investidores com a presença de projetos bem sucedidos que foram desenvolvidos na plataforma
- Além disso, a plataforma de finanças descentralizadas possui um custo para transações mais baixos e rápidos
O período nebuloso do inverno cripto parece ter ficado no passado com o movimento de recuperação das principais criptomoedas. Enquanto o bitcoin (BTC) encerrou 2023 com uma valorização de 153,1% no acumulado do ano e conseguiu permanecer acima dos US$ 40 mil, o ether apresentou ganhos de 91% no mesmo período. Mas apesar das expressivas valorizações das duas maiores representantes do mercado de criptomoedas, os holofotes se voltaram para a Solana (SOL), que esbanjou uma valorização de 647,7%.
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A disparada da SOL tem suas razões. Segundo Jorge Souto, gestor do TC Digital Assets, a plataforma de contratos inteligentes da Solana possui custos mais baixos e mais rápidos para transações em comparação a outras redes, como a ethereum. A vantagem atraiu projetos de cripto ativos para serem desenvolvidos no ecossistema. “Houve muitos investidores que ganharam airdrops (projetos que não possuem tokens nativos) que foram muito bem sucedidos e deram muito retorno”, diz Souto.
A comprovação de eficiência do ecossistema da Solana resultou no número de transações. Segundo dados da DefiLlama, agregador de informações sobre finanças descentralizadas, em 2023 o ecossistema Solana ficou em segundo lugar com o maior volume de protocolos presentes em sua plataforma. Só perdeu para a rede ethereum, que possui maior presença de mercado para essas tecnologias.
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Na avaliação de Ayron Ferreira, analista de Research independente, o volume reflete um posicionamento relevante da plataforma. “No setor de ativos não fungíveis (NFTs, na sigla em inglês), a Solana também tem se destacado, com o volume de vendas de NFTs disparando, superando a sua principal concorrente, a Ethereum”, acrescenta Ferreira.
Os resultados reconquistaram a confiança do mercado após a quebra da exchange de criptomoedas FTX. A antiga corretora possuía uma posição relevante no ativo digital e, quando faliu e afundou ainda mais a crise no mercado de criptoativos, a criptomoeda perdeu 95% do seu valor de mercado com o receio dos investidores devido à ligação com a exchange. “No mercado, muitos investidores acreditavam que a rede ia morrer, mas conseguiu sobreviver e teve uma recuperação forte”, afirma Rony Szuster, analista do Mercado Bitcoin
Todos esses movimentos refletem no preço atual do SOL, token nativo da plataforma que é comprado pelos investidores para usufruir dos benefícios da rede. No dia 1º de janeiro de 2023, o SOL era negociado a R$ 52,78. Após mais de um ano, a cotação saltou para R$477,46, segundo informações da CoinMarketcap.
A Solana ainda vai subir mais?
Mas a dúvida que fica para o investidor é: os ganhos vão ser consistentes daqui para frente?
Por enquanto, os primeiros dias de 2024 parecem ser de correção aos ânimos do mercado no passado. Segundo dados do Mercado Bitcoin, o SOL acumula uma desvalorização de 3,2% no acumulado de 2024.
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No entanto, Souto avalia que o ecossistema possui vantagens competitivas que podem justificar uma nova onda de alta no curto e no médio prazos. “É uma plataforma muito vendável para o varejo porque as transações são muito baratas”, ressalta o gestor do TC Digital Assets.
Já Ferreira recomenda aos investidores terem cautela antes de incluir a cripto no portfólio. Segundo ele, os fundos de investimento ainda precisam melhorar para conquistar de vez o seu espaço no mercado.
“A Solana enfrenta o desafio contínuo de provar sua capacidade de se manter como uma das principais plataformas de contratos inteligentes em um mercado cada vez mais competitivo”, ressalta o analista de Research independente. Caso isso ocorra, Ferreira estima que o token SOL pode alcançar patamares acima dos US$ 200, equivalente a R$ 973,74 na cotação atual do dólar.