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Criptomoedas

O que é fan token e como podem ser um bom investimento?

Palmeiras, Atlético Mineiro, Cruzeiro e Corinthians são alguns exemplos de clubes que entraram nesse mercado

O que é fan token e como podem ser um bom investimento?
Times de futebol estão entre as opções para quem quer investir e saber o que é fan token.
  • Diversos clubes de futebol lançaram tokens atrelados ao mecanismo de solidariedade da Fifa, no qual o investidor pode ganhar dinheiro com a venda de um jogador para outro clube
  • Os Fantokens são outros modelos de negócio lançados pelos clubes. Para esse caso, os investidores podem ganhar com a variação de preço desses ativos dentro das plataformas em que são negociados
  • Apesar das possibilidades, os especialistas alertam sobre os riscos para esse tipo de investimento

O esporte, em especial o futebol, descobriu no blockchain um mercado promissor. Nos últimos meses, os clubes conseguiram levantar bilhões de reais em plataformas de negociações de criptomoedas com o lançamento de diversos tipos de tokens.

O que é fan token?

O fan token é um ativo digital utilizado para conectar fãs de esporte com seus times de coração. Diversas equipes de futebol, como Atlético Mineiro, Corinthians, Cruzeiro e Palmeiras, já apostam nesse mercado.

A medida une dois benefícios em uma só emissão: o acesso a recursos de alto valor em um curto período de tempo e a aproximação do torcedor com o time. Para o investidor que enxerga uma oportunidade de investimento, é preciso ficar atento aos detalhes e à real proposta desse tipo de negócio antes de alocar os seus recursos.

Os casos citados são apenas de um modelo de tokenização ligados aos direitos creditórios relacionados ao mecanismo de solidariedade da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

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Ou seja, cada token é formado por uma “cesta” de ativos que são representados por jogadores e, quando eles vão para outros clubes, um percentual da negociação é transferida para os times de “origem”, nos quais esses atletas foram formados.

Vale dizer também que o detentor dos tokens recebe uma parte desse recurso. O repasse funciona como uma espécie de pagamento de “dividendo” das ações de uma empresa.

Como investir em fan token

Para o investidor que pretende apostar nesse tipo de negócio, o primeiro passo é saber quais são os atletas selecionados para compor o token. “O principal é entender a qualidade e potencial que estes atletas têm de gerar retorno ao clube formador através de transferências futuras”, recomenda Guilherme Rebane, head para a América Latina da OSL, bolsa (regulada) de criptomoedas de Hong Kong.

Apesar dos benefícios, Felipe Medeiros, analista e sócio da Quantzed Criptos, empresa de tecnologia e educação financeira para investidores, alerta para os riscos ao comprar os tokens.

Segundo ele, os investidores ficam suscetíveis à estrutura de formação dos clubes e ainda correm o risco de o time não repassar o recurso de solidariedade para as plataformas de criptomoedas.

“O próprio token não te garante isso porque não há um contrato inteligente que faça com o clube cumpra esse acordo”, ressalta Medeiros.

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O outro risco é não haver nenhuma garantia, mesmo o time repassando o valor, de quanto o investidor poderá receber com a aquisição do ativo digital. “Por isso, considero um ativo de altíssimo risco porque não há uma perspectiva de quando essa negociação poderá acontecer e de quanto será a negociação”, acrescenta.

Deixando a paixão de lado

Caio Villa, diretor de investimento da Uniera, plataforma e gestora de investimentos em criptoativos, também considera o negócio como um investimento de altíssimo risco.

No entanto, para quem deseja adquirir os tokens, ele alerta que o investidor precisa desvincular a paixão pelo time dos negócios. “Uma coisa é paixão e outra coisa é o dinheiro. Por mais que você goste do time, é preciso estudar bastante os tokens econômicos”, aconselha Villa.

Sobre os riscos citados pelos especialistas, as plataformas BitPreço e Mercado Bitcoin informaram que os contratos oferecem garantias ao investidor de que o pagamento será realizado em caso de negociações dos jogadores para outros clubes. No caso do BitPreço, contratos inteligentes foram criados para distribuir de forma automática o pagamento aos investidores.

Já o Mercado Bitcoin acrescentou que possui um aparato jurídico em casos de não pagamento e que o contrato traz os detalhes dessa garantia.

Fantokens

Os fantokens ou Utilily Token, como também são conhecidos, são outros modelos de tokenização utilizados pelos times para alavancar recursos. Esses ativos atuam como um clube de vantagens para os torcedores. que podem ter acesso a descontos de determinados produtos, sorteios e até a possibilidade de participar de algumas decisões.

Ao todo, 42 clubes de 12 países e três seleções nacionais lançaram os seus fantokens na plataforma Socios.com. A previsão é que outros 10 clubes lancem os seus ativos neste segundo trimestre de 2022.

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“Além dos clubes de futebol, já lançamos fan tokens de organizações de MMA, com o UFC e a PFL, equipes de Fórmula 1, como a Aston Martin e a Alfa Romeo, a Copa Davis e várias organizações de esportes eletrônicos”, detalha Felipe Ribbe, head of business developer da Socios.com no Brasil.

Mesmo o seu principal apelo ser nos benefícios exclusivos aos torcedores que detém o ativo, Rebane explica que é possível ganhar dinheiro na compra desses ativos com a variação dos preços. 

“Seu valor de mercado pode sofrer flutuação de acordo com a oferta e demanda, porém seu apelo principal é o de utilidade, aproximando os torcedores a seus clubes”, cita o especialista.

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