(Gustavo Lustosa, especial para o E-Investidor) – Os investidores que estão focados em temas ESG estão cada vez mais expostos a criptomoedas e riscos associados a ativos digitais. É o que diz relatório do Morgan Stanley Capital International. Segundo a “MSCI ESG Research”, pelo menos 52 empresas públicas possuem essa exposição, o que representa cerca de US$ 7,1 trilhões em capitalização de mercado, cerca de 6,6% da capitalização de mercado coberta pela unidade.
“Enquanto a maioria das criptomoedas são investimentos especulativos com pouca utilidade evidente, alguns tiveram sucesso limitado como moedas genuínas e tiveram retornos surpreendentes”, afirmou o MSCI ESG Research. Esse crescimento contribuiu tanto para o aumento de empresas expostas à criptomoeda, quanto para os esforços de empresas estabelecidas para obter exposição à moedas digitais.
A exposição vem de uma série de empresas, como a de criptografia pura Coinbase, que abriu o capital em abril. Outros nomes incluem Facebook, que não possui receita de moedas digitais, mas está explorando o mercado, e a Nvidia, fabricante de chips com uma unidade de processamento gráfico dedicada para mineradores profissionais de criptomoedas.
“A exposição aos criptoativos surge quando empresas de criptomoedas recém-listadas são adicionadas aos índices, ou quando empresas que os investidores já possuem se aventuram em atividades envolvendo bitcoin ou outras criptomoedas”, disse o MSCI.
As empresas expostas à criptografia incluem 26 constituintes do Índice MSCI ACWI, o principal índice de ações globais da empresa. A lista avalia o desempenho de algumas ações de grande e média capitalização em 23 mercados desenvolvidos e 27 emergentes, com mais de 2.900 constituintes em 11 setores.
Enquanto isso, os investidores com exposição à criptografia também podem estar indo contra seus objetivos ESG. Os riscos ambientais de criptomoedas incluem emissões de gases de efeito estufa do uso de energia e lixo eletrônico. Em termos de governança, os conselhos de empresas expostas a criptomoedas precisam adaptar políticas de gerenciamento de risco a questões como segurança cibernética e práticas de combate à lavagem de dinheiro.