- Entre os entrevistados que nunca compraram criptoativos, os que vivem na América Latina são os que mais responderam que não o fazem por não entender como negociar o ativo
(Aramis Merki II) – Dentre os brasileiros que possuem criptoativos, 51% entraram neste mercado em 2021. O dado vem de pesquisa global da plataforma Gemini. Apenas na Índia o porcentual de recém-chegados é maior, 54%. Na América Latina, são 46%, à frente das outras regiões.
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Dos que responderam ao levantamento, que considera pessoas adultas entre 18 e 75 anos com renda familiar anual de US$ 14 mil (aproximadamente R$ 66 mil), 41% possuem algum criptoativo- o país divide a liderança no quesito adoção com a Indonésia.
Entre os entrevistados que nunca compraram criptoativos, os que vivem na América Latina são os que mais responderam que não o fazem por não entender como negociar o ativo. São 42% na região. Ainda assim, 45% deste grupo dizem que pretendem comprar no próximo ano.
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O levantamento da Gemini conclui que os países em que a moeda local se desvalorizou mais do que 50% em relação ao dólar têm cinco vezes mais chances de ter indivíduos com planos de entrar no mercado.
Proteção e diversificação
Quase metade (46%) das pessoas na América Lartina e na África dizem que ter criptoativos é uma boa maneira de se proteger contra a inflação. Em locais em que as moedas não passaram por uma desvalorização a longo prazo, as respostas sobre proteção contra a inflação foram bem menores, incluindo Estados Unidos (16%) e Europa (15%).
Em todas as regiões, porém, os entrevistados apontaram que possuir bitcoin e outros ativos digitais é uma boa forma de diversificar seus ativos. A América Latina também liderou neste quesito (78%). A pergunta considerou os indivíduos que já têm cripto na carteira.
Mais da metade dos latino-americanos disseram que ter acesso a mais conteúdos educacionais sobre cripto contribuiria para ter mais confiança nas moedas digitais. E 37% responderam que há uma insegurança legal acerca do uso de criptomoedas. De qualquer forma, o Brasil é o país pesquisado que mais acredita nos criptoativos como futuro do dinheiro (66%).
A diferença de gênero entre os investidores cripto é um pouco maior no Brasil em relação ao mundo. Enquanto no país são 45% de mulheres na criptoeconomia, globalmente a porcentagem alcançou 47%. Por aqui, entre os que ainda não possuem este tipo de ativo mas pretender ter, 55% são do gênero feminino.