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- “Esta imagem não deve ser comprada, pois não há preço para a dor da mãe de Fabiana Esperidião da Silva, que está desaparecida desde 23/12/1995 em São Paulo”, diz a descrição do NFT, na OpenSea
Fabiana Esperidião da Silva, então com 13 anos, saiu de sua casa em Pirituba (SP) No dia 23 de dezembro de 1995 para visitar uma amiga. Ela nunca mais foi vista.
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Após 27 anos do desaparecimento de Fabiana, uma foto dela foi transformada em um NFT (ativos digitais únicos) e ofertada na plataforma OpenSea pelo maior preço permitido, de 99 trilhões de ETH, o que equivaleria a cerca de US$ 196 quatrilhões.
A iniciativa faz parte da campanha #InfânciaDesaparecida, criada por um coletivo de jornalistas e publicitários que se reúne anualmente para ajudar organizações do terceiro setor. Desta vez, a ação acontece em prol da ONG Mães da Sé, que auxilia na busca de pessoas desaparecidas.
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Ivanise Espiridião, mãe de Fabiana, é fundadora da ONG e continua à procura da filha. “A gente nunca acredita que vai ser com alguém que conhecemos, com alguém da nossa família. Precisamos chamar atenção para um problema real. Já imaginou a dor da incerteza de uma mãe que não sabe onde está sua filha?”, afirma Ivanise.
Na descrição do token, é possível encontrar um link para efetuar doações para a Mães da Sé, que sofreu com falta de recursos após o início da pandemia do coronavírus. Atualmente, a estrutura da organização regrediu para a mesma equipe que possuía há 26 anos, quando os trabalhos foram iniciados: conta apenas com a sua fundadora, Ivanise.
Além do link para doações, a NFT também traz outro recado. “Esta imagem não deve ser comprada, pois não há preço para a dor da mãe de Fabiana Esperidião da Silva, que está desaparecida desde 23/12/1995 em São Paulo”, diz a publicação, na OpenSea.
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