Rússia volta atrás e propõe regulação de criptomoedas

Em janeiro deste ano, o Banco Central da Rússia havia definido em relatório os ativos digitais como uma ameaça à estabilidade financeira.

Segundo o Coindesk, o governo russo informou que a população do país possui mais de 12 milhões de contas em criptomoedas e a região é o terceiro lugar do mundo em mineração de bitcoin. Devido ao alto volume, a preocupação das autoridades de fiscalização era com os crimes envolvendo as criptomoedas e as dificuldades em não conseguir abordá-las de maneira adequada.

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Diante da dificuldade, o governo russo decidiu permitir a compra de criptomoedas, mas a transação só pode ocorrer por meio de empresas registradas e licenciadas localmente. Além disso, todas as transações relacionadas a esses ativos digitais maiores do que 600 mil rublos (moeda oficial da Rússia) precisam ser notificadas ao Serviço Federal de Tributação. Caso o procedimento não seja realizado, a ausência do ato pode ser considerado um crime e as criptomoedas podem ser um agravante para a violação.

De acordo com o site norte-americano, a medida é uma forma de garantir o maior controle das transações já que todos os usuários serão verificados e as informações sobre as transações irão poder ser disponibilizadas às agências do governo.

Apesar do avanço, no último mês de janeiro o Banco Central da Rússia definiu as criptomoedas como uma ameaça à estabilidade financeira do país. De acordo com o Coindesk, a instituição sugeriu na época proibir o comércio de criptos e também a mineração.

O anúncio de uma proposta de regulação pode ter contribuído para o crescimento do valor de mercado do bitcoin. Segundo o CoinMarketcap, entre segunda-feira (9) e quarta-feira (9), o valor de mercado da principal criptomoeda aumentou cerca de R$ 26,4 bilhões, totalizando mais de R$ 4,4 trilhões.

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