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Criptomoedas

Criptos despencam em novembro após falência da FTX; veja o ranking

A maior alta no mês foi do Litecoin, de 38,4%, enquanto a principal queda foi da Solana, com recuo de 58,5%

Criptos despencam em novembro após falência da FTX; veja o ranking
  • Um levantamento realizado pelo Mercado Bitcoin mostra as criptomoedas que mais valorizaram e caíram ao longo de novembro
  • A falência da FTX deve refletir no mercado cripto nos próximos meses. O investidor deve monitorar a situação de perto

O mercado de criptomoedas enfrentou no último mês dois grandes desafios que derreteram o rendimento dos ativos: os efeitos do inverno cripto, que começou em meados de abril e fez uma grande parcela das criptos caírem pela metade; e o pedido de falência da exchange FTX, que trouxe ao mercado diversas discussões sobre a solvência do setor.

Um levantamento realizado por Lucca Benedetti, analista de research do Mercado Bitcoin, a pedido do E-Investidor, apontou quais foram as criptomoedas que mais valorizaram e caíram em novembro. O estudo considerou apenas ativos com mais de US$ 1 bilhão de capitalização de mercado.

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A maior queda foi da Solana, com desvalorização de 58,52%. O especialista explicou que a criptomoeda sofreu o baque em reflexo da falência da FTX, visto que a corretora de Sam Bankman-Fried, bem como seu fundo Alameda Research, tinham uma relação forte com o ecossistema da SOL.

“Como a exchange FTX quebrou, o mercado colocou em cheque o desenvolvimento da Solana, acreditando que havia uma probabilidade do ecossistema morrer”, diz Benedetti.

O fundo Alameda Research também impactou na cotação da Near protocol, que caiu 47,92% no período. Como a companhia de contratos inteligentes recebeu investimentos do fundo, os investidores venderam seus criptoativos Near antes que o processo de falência liquidasse os tokens pertencentes a Alameda.

Como a FTX pediu falência, é possível que a empresa não tenha como arcar com os empréstimos (principal negócio da companhia), ocasionando uma liquidação massiva de seus ativos. Ou seja, os investidores seriam obrigados a venderem suas criptomoedas pelo preço que o mercado definisse no processo judicial, podendo ser um valor menor do que quando foi adquirido.

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Já a performance negativa de quase 44% no mês da cronos é explicada pela insegurança do mercado sobre a solvência de diversas companhias. “Em meio a essa situação levantou-se a suspeita sobre a solidez das reservas da Crypto.com trazendo o preço do CRO para baixo”, diz  Benedetti.

Destaques positivos

Em paralelo, os três principais destaques positivos foram Litecoin, com ganhos de 38,46% no período; OKB, com valorização de 27,81% no mês e the open network, com alta de 7,03%.

De acordo com Vinícius Bazan, analista de criptoativos da Empiricus, a primeira se valorizou por ter uma estrutura semelhante ao bitcoin (assim como o ether, o ativo oferece uma saída para os investidores que buscam menos volatilidade no mercado cripto). A grande diferença é que o sistema da Litecoin oferece tempos de bloco quatro vezes mais rápidos do que o blockchain do BTC e tem uma quantidade quatro vezes maior de moedas no total.

O especialista lembra também que em outro bear market (termo em inglês usado para designar quando o mercado como um todo está em baixa), que ocorreu no final de 2018, o Litecoin começou a subir antes das criptos mais tradicionais. "Esse pode ser um indicativo de que o mercado esteja retomando o apetite por risco”, diz Bazan.

Já a valorização da OKB está atrelada ao compromisso da exchange em oferecer maior transparência em relação aos depósitos de usuários através do uso do mecanismo de proof-of-reserves, declarou o analista de research do Mercado Bitcoin. O termo em inglês significa que a companhia de criptomoedas terá uma empresa terceira para garantir que se tenha fundos necessários para cobrir os investimentos dos clientes em momentos de crise.

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O resultado da the open network está relacionado a ideia de ser um novo projeto de blockchain de primeira camada, criado pelo time do aplicativo de mensagens Telegram. O mercado ficou interessado no ativo por ser uma companhia consolidada de mensagens que está por trás da concepção da proposta, afirmaram os entrevistados.

Expectativas para o setor

Os especialistas acreditam que a situação da FTX vai continuar refletindo no mercado cripto. Outras empresas já foram afetadas pelo ocorrido com a exchange, como a credora de criptomoedas BlockFi e oito de suas afiliadas que entraram com pedido de falência nos Estados Unidos.

Bazan, da Empiricus, diz que o preço do bitcoin está abaixo do custo de energia que um minerador gasta. Ou seja, muitos devem desligar suas máquinas e isso pode trazer uma pressão maior ao preço do criptoativo. “Dezembro será um mês frágil para o setor. Porém, em 2023, o mercado ficará mais consolidado e vejo um processo de recuperação ao longo do ano que vem”, diz.

Já Samir Kerbage, diretor de tecnologia da Hashdex, acredita que para os próximos meses, será importante o investidor monitorar especificamente as novas parcerias, serviços e funcionalidades no ecossistema da polygon (cujo token nativo é o MATIC), “já que o sistema tem sido muito ativo nos novos desenvolvimentos [e pode impulsionar a cotação da cripto]”.

Ele reforça que o investidor deve monitorar de perto o que tem acontecido na rede Ethereum. “A próxima atualização da rede (chamada de Shanghai) poderá abrir a possibilidade de que os validadores da rede realizem staking (forma de obter renda passiva com os ativos digitais). Isso deve estimular as pessoas a aderirem o ativo e, consequentemente, valorizar a cripto (ETH)."

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