

Um ano depois de montar uma área de investimentos internacionais e se tornar a primeira parceira da Avenue no Brasil, a EQI acumula um total de R$ 3 bilhões de recursos de clientes alocados no exterior e prevê que esse volume vai seguir em ascensão.
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Um ano depois de montar uma área de investimentos internacionais e se tornar a primeira parceira da Avenue no Brasil, a EQI acumula um total de R$ 3 bilhões de recursos de clientes alocados no exterior e prevê que esse volume vai seguir em ascensão.
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Com a aposta na capacitação de assessores e na educação dos investidores, a expectativa é de que a área internacional dobre de tamanho e represente cerca de 15% dos ativos sob custódia (AuC, na sigla em inglês) até o final do próximo ano.
“O brasileiro finalmente entendeu que é um consumidor global, mas ainda é um investidor local”, afirmou Caio Tuca, sócio e head da Área Internacional da EQI.
Em entrevista à Broadcast, Tuca explica que, em geral, o gasto e a renda do investidor estão no Brasil, mas parte da cesta de consumo é dolarizada e por isso ele precisa preservar o poder de compra. “Isso se faz investindo em uma moeda forte. E não significa investir somente nos Estados Unidos, o acesso vale para o mundo inteiro.”
Tuca lembra que, até poucos anos atrás, o assessor de investimentos não tinha como oferecer exposição internacional a seus clientes, diante da “dificuldade de acesso a plataformas no exterior e processos burocráticos e morosos para abertura de contas”. Agora, não somente existe a possibilidade de alocação, como os assessores estão se preparando para fazer ofertas.
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Segundo o executivo da corretora de valores, dos cerca de 800 assessores da casa, mais de 300 já estiveram no exterior para capacitação. “Queremos dar conhecimento para que possam atender o cliente.”
Esse é o passo anterior ao olhar educacional voltado para os investidores, destaca Tuca. “Agora mostro para o cliente por que é importante. Ele vê a taxa de juros alta no Brasil, a 15% ao ano, enquanto a renda fixa americana está nas máximas históricas, a 5,5% ao ano, e pensa que não vale mandar dinheiro para fora. Mas lá rende em dólar e o retorno é melhor se compararmos os dados dos últimos anos”, afirma o executivo. “Isso é fazer o ‘educacional’.”
Além disso, Tuca avalia que se trata de uma conversa para ter com investidores de todos os perfis de risco. Afinal, ele diz, se o Treasury – o título do Tesouro americano – ainda é considerado um ativo livre de risco, faz sentido mesmo na carteira de investidores conservadores, que costumam estar mais ligados a ativos públicos brasileiros.
“Um americano ou europeu olha para o título público brasileiro como de alto risco, pois somos um país emergente. A percepção de risco é diferente e aqui ainda temos ‘home bias‘ (viés doméstico)”, diz, acrescentando que, ao investir em dólar, o fator de volatilidade do câmbio sai de cena, o que também pode confortar investidores avessos a risco.
Com isso, o ritmo tem sido intenso, com uma média de abertura de 450 novas contas internacionais por mês, segundo Tuca.
“Muito em breve, para cada conta nacional que abrirmos, teremos uma conta internacional atrelada a ela. Vai ser natural o cliente já pensar, na largada, quanto ele vai ter no Brasil e quanto vai ter lá fora”, afirma.
Mesmo ruídos externos não têm atrapalhado, ele observa. O head da Área Internacional da EQI afirma que, no mês passado, a empresa teve um recorde histórico de abertura de contas, pois não tentaram fazer isso de forma tática. “Trazemos conversas estruturais e argumentos técnicos.”
A EQI, que está prestes a bater R$ 50 bilhões de volume total, é a maior parceira independente da Avenue, mas também trabalha com plataformas como BTG Pactual (BPAC11) e Morgan Stanley, e clientes de qualquer tíquete podem abrir conta internacional.
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Assim, a expectativa de Tuca é que o segmento de investimentos internacionais salte dos atuais 7% de representatividade do AuC da EQI para 15% até o final do ano que vem.
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