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“No meio de investimentos, os ETFs terão um efeito muito similar ao que o Pix teve no mercado de pagamentos”, afirma Andrés Kikuchi, CIO da Nu Asset.
Segundo ele, dentro da indústria de fundos, ainda existe um potencial relevante para o brasileiro conhecer e investir em ETFs — produtos que já são consagrados nos mercados globais. “A adoção vai acontecer, não seja o último a entrar”, brinca Kikuchi.
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O produto vem se destacando em captação. Entre agosto de 2024 e julho de 2025, foram lançados 23 novos ETFs no Brasil, elevando o total para 127, um crescimento de 22%. Como reflexo, os fundos de índice registraram entradas de R$ 5,8 bilhões, ficando atrás apenas dos fundos de renda fixa, que lideraram com R$ 96,3 bilhões. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
A captação dos ETFs superou a dos fundos de previdência no período, que alcançou R$ 4,4 bilhões, e dos cambiais, com R$ 634,2 milhões. Eles também ficaram à frente dos fundos de ações e multimercados, que registraram resgates líquidos de R$ 75 bilhões e R$ 320 bilhões, respectivamente.
Atualmente, o mercado brasileiro conta com uma cesta diversa de ETFs. Há opções que combinam estratégias de renda fixa e variável e que pagam dividendos — modalidade autorizada pela B3 desde o início de 2023. Também há BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de ETFs, que possuem como lastro cotas de fundos de índice emitidos no exterior.
Pedro Mota, Portfolio Manager na Nu Asset, lista fatores que podem contribuir com a evolução do mercado de ETFs. Entre eles, estão as Resoluções 175 e 179 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que entraram em vigor em outubro de 2023 e novembro de 2024, respectivamente, e aumentaram a transparência na cobrança de taxas por fundos de investimento.
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O crescimento recente do número de consultores de valores mobiliários também ajuda a impulsionar os ETFs, na avaliação de Mota. Dados do Boletim Econômico da CVM, referentes ao segundo trimestre de 2025, mostram que o número de consultores cresceu 21% em um ano e totalizou 2.321 no Brasil.
Como mostramos aqui, o modelo de consultoria é defendido como um formato que pode reduzir o conflito de interesses e entregar ao investidor um atendimento mais alinhado com seus próprios interesses. Ele funciona a partir da cobrança de um preço fixo, para não depender do comissionamento vindo da venda de produtos, como acontece nas assessorias.
A Nu Asset se prepara para mais lançamentos. Durante o evento Fronteiras do Investimento, Kikuchi deu um “spoiler” para os investidores. Nas próximas semanas, a gestora deve lançar dois ETFs de renda fixa: o HGBR11, um fundo de crédito high grade — de menor risco, mas também menor retorno —, e o HYBR11, um fundo high yield — de maior potencial de risco e retorno.
Em agosto, a casa já havia anunciado uma outra novidade no mundo dos ETFs: o NBIT11, produto que oferece exposição ao bitcoin por meio de contratos futuros negociados na B3. O fundo acompanha o Índice Nasdaq Brazil Bitcoin Futures TR (NQBTCBRT), que foi criado exclusivamente para o lançamento do ETF.
Atualmente, a Nu Asset conta 22 fundos de investimento e R$ 6 bilhões em recursos sob gestão, com 1,4 milhão de investidores.
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