O que este conteúdo fez por você?
- Já parou para pensar quais são os gastos que podem ser o motivo da fatura do cartão vir mais alta do que o imaginado no fim do mês?
- Alguns “desvios de padrão orçamentários” são muito comuns tendo em vista que diariamente compramos itens não planejados e não orçados no fluxo de planejamento financeiro mensal
- Prestar atenção em seus hábitos de consumo e ter um planejamento consciente é muito importante para não se enrolar com as contas
Os pequenos gastos do dia a dia, como um docinho para aliviar o estresse, um café depois do almoço ou até mesmo uma corrida de carro de aplicativo quando está atrasado, são ótimos no momento, mas já parou para pensar que esse pode ser o motivo da fatura do cartão vir mais alta do que o imaginado no fim do mês? Esses “pequenos luxos” são bons e podem de fato ajudar em diversas situações, porém torná-los um hábito pode trazer sérias consequências financeiras.
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Ainda que pareçam invisíveis, esses gastos podem minar seu orçamento e a capacidade de guardar dinheiro, adiando o dia para começar a organizar seus investimentos. Marlon Glaciano, planejador financeiro e especialista em finanças, comentou a esta matéria do Bora Investir que esses “desvios de padrão orçamentários” são muito comuns tendo em vista que diariamente compramos itens não planejados e não orçados no fluxo de planejamento financeiro mensal.
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Por isso, prestar atenção em seus hábitos de consumo e ter um planejamento consciente é muito importante para não se enrolar no final do mês, segundo Camila Poltronieri Flaquer, líder de Cobrança Digital da Recovery, também em entrevista ao Bora Investir. O processo de evitar os gastos invisíveis começa em conhecê-los. Por isso, confira os dez gastos invisíveis mais comuns praticado pelas pessoas no Brasil, segundo a Recovery:
1. Aplicativos de delivery e transporte
Apesar da facilidade que esses aplicativos trazem quando se está atrasado ou na busca por uma comida diferente, esse tipo de comodidade é uma das que mais pesam no fim do mês.
2. Cafezinhos e lanches fora de casa
Despesas pequenas com refeições rápidas ou cafés, de talvez R$ 10 ou R$ 20, podem fazer diferença no final do mês. O acúmulo de todas essas saídas também aperta no seu orçamento.
3. Promoções e ofertas
Um produto em oferta é tentador. A possibilidade dele aumentar de preço daqui a pouco já traz a sensação de que o certo é levá-lo para casa.
Mas ele é mesmo necessário nesse momento? É importante saber diferenciar quando a promoção vale ou não a pena, além de identificar se o preço está realmente abaixo do valor original ou parecido com outros itens da mesma linha.
4. Compras impulsivas
Seja por uma promoção imperdível ou uma espécie de compensação por um dia ruim ou semana cansativa, as compras por impulso podem comprometer a renda mensal. O essencial é sempre refletir sobre a real necessidade de cada compra.
5. Frete grátis
Diversas lojas online oferecem frete grátis se o gasto ultrapassar um valor mínimo já estabelecido. Nesses casos, vale estar atento se o que você realmente precisava comprar sairia muito mais em conta, mesmo com o valor adicional da entrega.
6. Pacotes de assinatura
Televisão por assinatura e serviços de streamings, por exemplo, podem se tornar um peso com o passar do tempo. Assinar mais de uma opção pela variedade de conteúdos também é comum, mas tente avaliar se todos são consumidos.
Separe os serviços de assinatura essenciais para o seu dia a dia para não apertar no bolso.
7. Programas com teste grátis
Testes grátis de um determinado serviço por certo período são estratégias utilizadas para fidelizar um cliente. Em muitos casos, os dados do cartão são solicitados para fazer um cadastro e, ao final do período gratuito, as cobranças iniciam.
Apesar de poder ser cancelado a qualquer momento, é possível que você esqueça de fazê-lo antes da cobrança no mês seguinte ou, então, que simplesmente o incorpore na rotina e nos gastos mensais.
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8. Gastos na lotérica e em sites de apostas
Apostar em jogos de azar na esperança de um retorno financeiro também mina seu orçamento mensal. Os retornos podem existir, o que empolga muitos jogadores, mas as possibilidades de realmente se tornar um milionário são muito pequenas.
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Uma aposta mínima da Mega-Sena, por exemplo, custa R$ 5 e oferece uma chance em 50 milhões de vencer. Então, se quiser realmente jogar, faça isso com muito cuidado e planejamento.
9. Anuidade do cartão de crédito
Alguns cartões de crédito cobram uma taxa mensal e outras tarifas de acordo com o uso de serviços. Os valores não costumam ser altos, mas em muitos casos poderiam ser evitados.
As instituições muitas vezes estão abertas para negociar esses valores. Entretanto, buscar alternativas que não cobrem pela anuidade para evitar essa despesa pode ser interessante.
10. Gastos com multas por atraso de pagamento
Atrasar o pagamento de uma conta gera multas. Se isso não acontece frequentemente, pode não causar grandes problemas, mas, quando a organização desliza, os juros vão se somando e viram uma bola de neve. Muitas vezes os juros de mora chegam a um quarto do valor de uma conta.
Como evitar os gastos invisíveis
O planejador financeiro, Marlon Glaciano, indica que anotar os gastos diariamente possibilita uma análise semanal sobre quais os impactos de cada gasto no fluxo de despesas. “Na prática, se você projetou gastar R$ 1.000 de despesas mensais com alimentação e diariamente consome itens extras que aumentarão esse valor para R$ 2.000, uma decisão precisará ser tomada: corte ou ajuste do valor mensal para este item”, destacou em entrevista ao Bora Investir.
Já a líder da Recovery, Flaquer, revela não ser necessário eliminar todos os gastos invisíveis. Nesse caso, ela sugere fazer uma análise daqueles que fazem sentido e impor um limite de valor mensal que pode ser gasto em cada categoria. Se chegar no limite, será essencial economizar de forma criativa. “Considere usar mais o transporte público ou bicicletas, passe a cozinhar mais em casa e reveja aquilo que pode ser cortado”, conclui.