O que este conteúdo fez por você?
- A ideia de rentabilizar o dinheiro em fase de acumulação deve levar em conta estratégia de investimento que corresponde ao perfil de risco
- Para atingir a meta de R$ 100 mil dentro desse período, pelo menos entre R$ 1.000 e R$ 1.500 por mês devem ser investidos por mês
- Um planejamento financeiro eficaz não diz respeito somente às escolhas de ativos e suas rentabilidades; disciplina e estilo de vida devem ser repensado
Economizar e alcançar um objetivo, como juntar dinheiro num total de R$ 100 mil em 5 ou 10 anos, exige escolhas estratégicas. O primeiro passo, segundo os educadores financeiros, é organizar o orçamento a fim de definir um valor mensal fixo a ser guardado e, principalmente, investido.
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Em média, para atingir a meta de R$ 100 mil dentro desse período, pelo menos entre R$ 1.000 e R$ 1.500 por mês devem ser reservados por mês. “Considerando uma rentabilidade anual de 10%, que pode ser encontrada em opções de renda fixa como Certificados de Depósito Bancário (CDB), Tesouro Direto e Fundos Imobiliários (FIIs)”, explica a educadora financeira Aline Soaper.
Ao pensar em como rentabilizar o dinheiro em fase de acumulação, deve-se levar em conta qual estratégia de investimento corresponde ao perfil de risco de cada pessoa. Além disso, os especialistas ouvidos pelo E-Investidor destacam que um planejamento financeiro eficaz não diz respeito somente às boas escolhas de ativos e suas rentabilidades.
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“Planejamento requer o somatório das pequenas escolhas que o investidor faz diariamente. Hábitos de consumo, de lazer, de planejamento da alimentação e do estilo de vida impactam no quanto sobra ou falta mensalmente”, afirma a educadora financeira Luciana Ikedo.
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Como iniciar um planejamento financeiro para juntar R$ 100 mil?
Antes de começar a poupar e investir, existem etapas que podem facilitar a realização da meta de juntar dinheiro. Paula Sauer, economista e coordenadora do Laboratório de Finanças Pessoais da ESPM, explica que existem três passos básicos:
- 1º passo: dar um nome para o objetivo, como viagem, reforma da casa, casamento ou intercâmbio;
- 2º passo: estipular o valor a que se quer chegar com as economias (neste caso, R$ 100 mil);
- 3º passo: estipular prazo final (neste caso, 5 ou 10 anos).
Ter esses três passos bem definidos é importante para saber o real motivo do esforço de poupar. “Consumir dá muito mais prazer do que poupar. Então, para que o consumidor crie o hábito de guardar dinheiro é fundamental que tenha um objetivo muito claro. Caso contrário, poupar será muito penoso”, diz Sauer.
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Investimentos recomendados para acumular R$ 100 mil entre 5 e 10 anos
Mas como apenas juntar não é suficiente, os educadores financeiros recomendam a aplicação do dinheiro para que o valor acumule rentabilidade. Isso, segundo ele, vai permitir chegar mais rápido à meta numa jornada de 5 ou 10 anos. Veja as opções a seguir:
Tesouro IPCA+
Este título público paga uma taxa fixa somada à variação da inflação, oferecendo proteção contra a perda do poder de compra. “Para chegar aos 100 mil em 5 anos, a pessoa precisa investir em média R$ 1.500 mil, com uma rentabilidade de 10% ao ano, o que é a média de rentabilidade na renda fixa hoje”, aponta Soaper. Para o dobro do tempo de acumulação, o valor a ser reservado pode ser menor.
Segundo uma simulação feita por ela, o Tesouro Direto está entre essas opções, sendo uma opção segura para quem busca atingir metas financeiras de longo prazo. No entanto, há outros ativos de renda fixa que a especialista recomenda.
Certificados de Depósito Bancário (CDBs)
Além do Tesouro, os CDBs são títulos emitidos por bancos para captação de recursos, que podem oferecer rendimentos superiores, especialmente os de bancos médios, que costumam pagar prêmios maiores.
LCIs e LCAs
Esses títulos vinculados ao setor imobiliário e do agronegócio têm o benefício de serem isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas, tornando as Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio (LCIs e LCAs) uma escolha atrativa para quem busca renda fixa com boas taxas e menos impostos.
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Fundos de renda fixa
Esses fundos diversificam as aplicações em ativos de renda fixa, como títulos públicos e privados. Os educadores observam que, com a gestão profissional e a diversificação oferecidas por esses fundos, eles podem garantir retornos superiores aos do Tesouro Direto, sendo uma alternativa para quem busca segurança.
Renda variável
Apesar de mais volátil, a renda variável, por meio de investimentos em ações e ETFs, pode oferecer rentabilidades significativas no longo prazo, com investimentos de 5 ou 10 anos. Para quem não tem experiência e busca segurança na hora de juntar dinheiro, Soaper recomenda focar mais em renda fixa. “Se for arriscar na renda variável, pode separar em torno de 10 a 20% para o investimento, assim o dinheiro rentabiliza mais rápido.”