- Tenha uma reserva de emergência para possíveis imprevistos
- Classificar receitas e despesas é o primeiro passo para se organizar financeiramente
- Com a queda na taxa de juros, o momento é o ideal para negociar dívidas
Beatriz Aguillar Gonçalves, mais conhecida como Bea Aguillar, começou a investir em renda variável aos 19 anos pelo incentivo dos pais. Desde então, ela se formou em administração, trabalhou em dois grandes bancos e acumulou mais experiência na área.
Leia também
Entre erros e acertos, Bea tomou a decisão de sair de seu emprego para fazer investimentos e aplicar na bolsa de valores. Em 2018, veio a ideia de criar o canal no YouTube Papo de Bolsa. “Com o desejo de me sentir mais útil e fazer algo por alguém, decidi compartilhar um pouco da minha experiência e do que eu estava fazendo com o meu dinheiro”, conta.
O projeto de compartilhar os conhecimentos sobre finanças deu certo. Hoje, o canal conta com mais 259 mil inscritos e seu perfil no Instagram soma mais de 119 mil seguidores.
Publicidade
Conteúdos e análises exclusivas para ajudar você a investir. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Para o E-Investidor, Bea compartilhou suas três dicas financeiras para ajudar a enfrentar a crise gerada pela pandemia do coronavírus.
1 – Tenha uma reserva de emergência
“Eu sempre recomendo que antes de tomar qualquer risco, a pessoa deve reservar um valor equivalente de, no mínimo, seis meses do seu custo de vida em um lugar seguro e com boa liquidez. Afinal, caso os investimentos demorem a trazer resultados e aconteça alguma emergência que demande algum recurso no curto prazo, essa reserva irá servir como um colete salva-vidas.
Analisando a atual crise, percebi que muitos que estão com seus empregos e renda em risco poderiam utilizar esse recurso em caixa para as principais necessidades, evitando o alto endividamento que muitas vezes pode virar uma bola de neve.
Sei que a realidade da maior parte dos brasileiro não é fácil e muitas vezes o ganha pão não supre nem o básico. No entanto, existe uma parcela que poderia criar essa reserva se priorizasse o planejamento e organização financeira.”
2 – Classifique receitas e despesas
“Em tempos de crise, onde os recursos ficam mais escassos, mas as contas não deixam de chegar, uma boa organização financeira ajudaria a identificar as principais obrigações e quais poderiam ser cortadas ou até mesmo renegociadas.
Organizar-se financeiramente não é uma tarefa difícil, mas para muitos é simplesmente chato. Hoje podemos utilizar diversas planilhas e aplicativos gratuitos para fazer isso, mas quem preferir poderá utilizar até mesmo anotações manuais em um caderno, agenda ou planner.
Publicidade
O mais importante é saber quanto se ganha e gasta para poder planejar os meses que virão entendendo que o cenário macroeconômico ainda é incerto.
3 – Troque juros caros por juros baratos
“Mesmo antes da crise, uma boa parcela da população já estava endividada, seja no cartão de crédito, empréstimos pessoais ou com cheque especial. Essas modalidades costumam ter taxas de juros elevadíssimas, dificultando muito a vida de quem precisa saldar dívidas caras e pagar contas do dia a dia ao mesmo tempo.
Com a queda na taxa de juros para 3,75% ao ano, essa pode ser uma excelente oportunidade de negociar suas dívidas com o banco. Ou até mesmo pesquisar uma linha de crédito mais barata, pagar a dívida atual e assumir as novas parcelas de um empréstimo com parcelas e juros mais baixos.”