O que este conteúdo fez por você?
- Se engana quem pensa que os homens empreendem mais que as mulheres. Segundo o Itaú Unibanco, por exemplo, elas representam 65% das clientes ativos na carteira de microcrédito do banco
- Para quem não conhece, o microcrédito é aquele empréstimo destinado a empreendedores que cuidam de pequenos negócios e precisam expandir ou melhorar os serviços
- Veja as orientações da especialista em microcrédito do Itaú Elizama Queiroz e da empreendedora Bárbara Lopes para mulheres que querem ter negócios de sucesso
Se engana quem pensa que os homens empreendem mais do que as mulheres. Segundo o Itaú Unibanco, elas já representam 65% dos clientes ativos na carteira de microcrédito do banco.
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Para quem não conhece, o microcrédito é aquele empréstimo destinado a empreendedores que cuidam de pequenos negócios e precisam expandir ou melhorar os serviços.
“Trabalhamos não apenas na oferta de crédito orientado, mas como consultoras das clientes que, muitas vezes, tem dificuldade de entender o momento do negócio. Recebemos diversos relatos de pequenas empreendedoras que precisam comprar mercadoria, mas não sabem como organizar o dinheiro ou como se planejar”, ressalta Elizama Queiroz, especialista de Microcrédito e parceira do Itaú no Rio Grande do Norte.
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O público empreendedor feminino possui desafios específicos, como a dupla jornada, e precisam de um atendimento pensado para essas dificuldades. “Observamos em muitas clientes o acúmulo de funções, não apenas profissionais como pessoais com seus filhos e família, o que acaba trazendo uma sobrecarga para as empreendedoras conseguirem focar no sucesso de seus negócios”, diz Queiroz.
Conseguir eparar as finanças da empresa e as finanças pessoais também são um ponto de atenção para as mulheres empreendedoras. Bárbara Lopes, CEO da startup de educação empreendedora afrocentrada BENSÁ, também tinha essa dificuldade. Por isso, optou por participar do Itaú Mulher Empreendedora, programa de educação financeira do banco pensado para empresárias.
No programa, Lopes teve acesso a uma plataforma com soluções, ferramentas, capacitação e possibilidade de conexão entre empreendedoras brasileiras, independentemente de serem clientes do banco ou não. Hoje, compartilha o que aprendeu com outras mulheres empreendedoras.
“Eu confesso que sempre foi uma coisa que eu tive muita dificuldade de separar, porque nosso coração está na empresa e, muitas vezes, tirei parte do meu dinheiro destinado a finanças pessoais para cumprir alguma questão da empresa. Outras empreendedoras que procuram apoio na Bensá passam pela mesma questão,” afirma Lopes.
Veja as orientações da especialista em microcrédito Queiroz e da empreendedora Lopes para melhorar a gestão do seu negócio.
1 – Tenha um fluxo de caixa e planejamento orçamentário
Organização financeira é a chave para conseguir um crescimento sustentável no longo prazo. Entender quais são os ganhos e as perspectivas de ganhos é essencial para planejar a utilização do dinheiro no dia a dia.
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“É essencial contar com ferramentas que ajudam a verificar, de forma prática, os números de fluxo de caixa. Ter algum lugar que facilite a visualização dos dados sobre a saúde da empresa e o controle das finanças é um caminho. Pode ser algo simples, como um caderninho ou até uma planilha do computador. Mas o importante é ter esse controle”, comenta Queiroz, especialista de Microcrédito do Itaú.
2 – Saiba identificar oportunidades
Um empreendedor precisa enxergar as oportunidades, quando elas aparecem, e utilizar as ferramentas disponíveis para expandir o negócio. E não precisam ser ferramentas caras – o uso do WhatsApp, por exemplo, pode ser estratégico para divulgar promoções e aumentar o contato com os clientes.
“A rotina corrida das mulheres muitas vezes dificulta chegar a possíveis soluções para problemas que, em algumas situações, são até simples. Uma das nossas clientes, por exemplo, vende leite de porta em porta. Ela sai de casa com 12 galões em cima de uma moto e, em dias em que ela não vende tanto, o produto é descartado. Para otimizar esse processo, sugerimos que ela criasse um programa de assinatura, assim evitaria o desperdício.”, recorda Elizama.
Outro caso citado por Elizama foi de uma mãe que vendia doces e ficava até tarde anotando pedidos. O ritmo de trabalho a impedia de ter tempo para curtir com os filhos. “Ensinamos sobre o WhatsApp comercial e as mensagens automáticas, criamos uma planilha de catálogo e, dessa forma, ajudamos no fluxo do negócio e também garantimos que ela passasse mais tempo com os filhos”, diz Queiroz.
3 – Busque se educar financeiramente
O maior investimento de um empreendedor é o conhecimento. Não há como gerir um negócio se baseando apenas na intuição – o conhecimento técnico é importante e pode abreviar problemas. Existem diversas ferramentas e recursos disponíveis em sites sobre empreendedorismo, além de cursos gratuitos disponibilizados por entidades como o Sebrae ou o próprio programa Itaú Mulher Empreendedora.
4 – Separe a vida pessoal da profissional
Unir finanças pessoais e as finanças da empresa é um grande erro, que por vezes, pode até mesmo falir o negócio. Manter contas separadas para fins pessoais e empresariais é uma prática fundamental para facilitar a contabilidade e oferecer maior clareza da saúde financeira do negócio. Também é importante saber qual o percentual dos rendimentos da empresa devem ser direcionados a sua remuneração.
“Conheço muitas mulheres que têm o hábito de pagar todas as contas da empresa e por último tirar o seu pró-labore, que é o seu salário como dona do negócio. Isso é muito errado, porque a gente precisa honrar nosso trabalho e nossa dedicação para ter qualidade de vida e energia de enfrentar os desafios de empreender”, afirma Lopes.
5 – Microcrédito como rede de apoio
O microcrédito pode ser um acelerador do seu negócio, uma vez que te permite ter capital suficiente para fazer melhorias e expansões, quando necessárias.
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“Ao fornecer o empréstimo adaptado aos desafios e necessidades específicas das nossas clientes empreendedoras, estamos construindo um caminho para o crescimento sustentável e igualdade de oportunidades,” afirma Marcos Paulo Coelho, superintendente de Microcrédito no Itaú Unibanco.