

Cerca de um milhão de famílias deixam de receber o benefício do Bolsa Família em julho de 2025. Isso porque as regras de proteção para receber o benefício mudaram e afetam quem já conseguiu um emprego estável ou melhor condição financeira.
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Cerca de um milhão de famílias deixam de receber o benefício do Bolsa Família em julho de 2025. Isso porque as regras de proteção para receber o benefício mudaram e afetam quem já conseguiu um emprego estável ou melhor condição financeira.
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Até o mês passado, o programa permitia que famílias com renda por pessoa acima de R$ 218, mas abaixo de R$ 706, permanecessem no Bolsa Família por até 24 meses com o valor reduzido a 50%, na chamada “regra de proteção”. A condição permitia que o beneficiário recebesse metade do valor do Bolsa Família mesmo após conseguir emprego.
Porém, com a mudança feita pelo governo federal, o tempo de permanência na regra de proteção foi reduzido de dois para um ano para famílias que acionarem a regra a partir de junho. Já quem se enquadrou na proteção até maio deste ano continua a receber metade do benefício por dois anos.
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Segundo dados obtidos pela Secretaria de Comunicação Social, das 958 mil pessoas que deixam de depender do programa de transferência de renda neste mês, 536 mil cumpriu 24 meses na regra de proteção. Outros 385 mil domicílios ultrapassaram R$ 759, meio salário mínimo, de rendimento por pessoa no núcleo familiar em julho.
“São quase um milhão de famílias superando a pobreza neste mês. Isso é fruto de um trabalho de qualificação profissional, de apoio ao empreendedorismo, garantindo que as pessoas tenham condição de elevar a renda”, disse o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome Wellington Dias.
De acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), das 1,7 milhão de vagas com carteira assinada criadas no Brasil em 2024, 98,8% foram ocupadas por pessoas cadastradas no CadÚnico do Governo Federal. Entre os contratados, 1,27 milhão (75,5%) eram beneficiários do Bolsa Família.
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome informou que a nova regra de proteção, em vigor a partir de junho, tem por objetivo ampliar o foco em famílias em situação de maior vulnerabilidade e promover ajustes “para manter a sustentabilidade e a efetividade do programa”.
“A fixação do novo limite de renda está alinhada à linha de pobreza internacional, estabelecida a partir de estudos sobre a distribuição de renda em diversos países do mundo”, ressaltou o comunicado.
Embora muitos brasileiros tenham deixado o Bolsa Família em julho por melhoria de renda, nada os impede de retornar ao programa caso voltem a enfrentar situação de vulnerabilidade social.
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“A pessoa sai do Bolsa Família, mas não do Cadastro Único (CadÚnico). Se lá na frente perder o emprego, a renda, volta automaticamente ao Bolsa Família. Mas são quase um milhão de famílias que agora têm mais dignidade. Isso mostra que o povo do Bolsa Família quer trabalhar, quer emprego decente, quer ajudar o Brasil a crescer”, completou o ministro Wellington Dias.
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