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Educação Financeira

Como usar o cartão de crédito com segurança no carnaval?

Veja dicas para evitar golpes financeiros durante o dia de folia

Como usar o cartão de crédito com segurança no carnaval?
Máquina de cartão de crédito e débito. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
O que este conteúdo fez por você?
  • Usar o celular para pagar via aproximação já virou um hábito de parcela da população. Segundo pesquisa recente do Mercado Pago, 60% dos brasileiros costuma levar celular aos bloquinhos e um a cada três usa o aparelho como suporte de pagamento. Ainda assim, há outra parte considerável do público que prefere meios tradicionais, como o cartão
  • É importante dizer que cabe a cada folião avaliar quais estratégias se encaixam melhor nos seus hábitos. Isso porque não há consenso entre especialistas sobre qual é a forma mais segura de usar o suporte
  • Se o folião perder o cartão, ou ainda for roubado ou furtado, na festa, a primeira ação é acionar a instituição financeira, antes mesmo de fazer um Boletim de Ocorrência (BO). Isso pode ser feito pelo aplicativo do banco, caso esteja com o celular, ou ligando por telefone

Foi dada a largada para os milhões de foliões percorrerem as ruas do país no carnaval 2024. Apesar de toda a expectativa, junto com a festividade vem também a apreensão de cair na estatística de golpes financeiros. Quem vai usar o cartão de crédito para efetuar pagamentos na folia deve tomar alguns cuidados para evitar prejuízos.

Usar o celular para pagar via aproximação já virou um hábito de parcela da população. Segundo pesquisa recente do Mercado Pago, 60% dos brasileiros costuma levar celular para os bloquinhos e um a cada três usa o aparelho como suporte de pagamento. Ainda assim, há outra parte considerável do público que prefere meios tradicionais, como o cartão.

É importante dizer que cabe a cada folião avaliar quais estratégias se encaixam melhor nos seus hábitos. Isso porque não há consenso entre especialistas sobre qual é a forma mais segura de usar o suporte.

Victor Monteiro, gerente sênior de consultoria de TI da Mazars, por exemplo, não recomenta pagamento por aproximação com cartão. Para ele, alguém mal intencionado em posse do cartão (perdido, furtado ou roubado) poderia, por exemplo, efetuar compras apenas aproximando o cartão. “Dê preferência por pagamento via aproximação pelo celular, onde antes é necessário validar a transação via senha do celular ou FaceID”, defende Monteiro.

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Jose Luiz Santana, head de cibersegurança do C6 Bank, por sua vez, prefere a aproximação, seja com o cartão ou com celular, para evitar cair no que se chama popularmente de “golpe da maquininha”. Nestes casos, os criminosos que agem como comerciantes trocam o cartão do folião sem que ele perceba.

“O comerciante, que já viu você digitando a senha, fala que a operação não passou ou diz que o sinal (de internet) não está pegando, pega o cartão e se afasta. Nessa hora, ele faz a ‘mágica’ e entrega outro cartão e, na verdade, já está fazendo um monte de transação. Então a melhor coisa é usar o tap e pegar a maquininha na sua mão (na hora de digitar)”, prefere Santana.

Questionado sobre a possibilidade de uso do cartão por terceiros, o head do C6 defende que o consumidor controle o limite do cartão para evitar grandes prejuízos.

Como usar o cartão com segurança no carnaval?

  • Proteja os pertences: Guardar bem os pertences durante a festa e deixá-los fora de vista é uma ação inicial. Para isso, a “doleira” virou uma grande aliada de foliões nos bloquinhos. Semelhante a uma pochete mais esguia, o acessório dá um pouco mais de segurança ao acomodar os pertences dentro da roupa. “Carregue seus pertences em doleiras e pochetes e coloque-as na frente do corpo. Use utensílios para lacrar, como cadarços com nó ou mosquetão. Existem também carteiras anti roubo, com proteção RFID, ou seja, evita que alguém realize uma transação sem o consentimento do cliente, apenas aproximando o cartão de uma maquininha sem que o dono do cartão perceba”, lista Fabiana Saenz, diretora de inteligência antifraude do Mercado Pago.
  • Cuidado com senhas: Evite usar datas ou combinações simples como senha do cartão.
  • Ajuste limites: Antes de sair para a folia, é importante reduzir os limites de operações da conta para valores que espera gastar.
  • Pagamento por senha: Se for utilizar o cartão com senha, sempre observe na maquininha se está na etapa de pagamento e se os valores estão corretos. Além disso, digite a senha com discrição para evitar que alguém veja os números digitados. Em nenhuma hipótese, entregue o seu cartão para o comerciante.
  • Pagamento por aproximação: A atenção sobre a etapa e informações de pagamento deve ser a mesma com o pagamento por aproximação. Sempre confira antes de aproximar o cartão da maquininha.
  • Observe a maquininha: Antes de pagar, verifique se os números digitados aparecem no visor como códigos, por exemplo, jogo da velha (#) ou asterisco (*). Além disso, veja o estado da maquininha e desconfie de telas com suposta falha ou defeito.
  • Ative notificações: Se levar o celular para a festa, lembre-se de deixar as notificações ligadas do app do banco ligadas. Caso alguém em posse do cartão faça alguma transação, você receberá uma mensagem no celular e poderá entrar em contato com o banco para contestar.

O que fazer se o cartão for perdido, furtado ou roubado?

Se o folião perder o cartão, ou ainda for roubado ou furtado, na festa, a primeira ação é acionar a instituição financeira, antes mesmo de fazer um Boletim de Ocorrência (BO). Isso pode ser feito pelo aplicativo do banco, caso esteja com o celular, ou ligando por telefone.

O procedimento assegura que a instituição bloqueie o cartão e a conta do cliente. Além disso, poderá agir caso alguma operação suspeita ou fora do padrão de uso no período de tempo próximo ao relato.

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Na sequência, é importante fazer o BO a fim de ter um registro oficial do sinistro. Se houver alguma compra, o cliente terá o registro para auxiliar na comprovação da fraude. “Este procedimento (BO) é importante para, se for constatado que houve negligência ou falha da instituição financeira e houver recusa em ressarcir os valores, o consumidor procurar o órgão de defesa de sua cidade ou estado, ou ainda o Poder Judiciário”, informa o Procon-SP.

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