• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Educação Financeira

Cashback da reforma tributária é inconstitucional? Entenda debate jurídico sobre o benefício

Compensação tributária para a população de baixa renda levantou discussões juridicamente por conflitar com pontos da Constituição

Por Janize Colaço

17/07/2024 | 20:10 Atualização: 18/07/2024 | 16:53

Reforma Tributária: cashback. Foto: Adobe Stock
Reforma Tributária: cashback. Foto: Adobe Stock

A reforma tributária tem promovido mudanças em relação aos impostos dos brasileiros, mas também tem buscado alternativas para a população de baixa renda. O principal deles é o cashback, que irá devolver parte dos valores pagos em tributos. Embora a medida seja vista com bons olhos por ser um mecanismo que visa reduzir os impactos sobre essas pessoas, alguns especialistas no campo do Direito alertam para a inconstitucionalidade do benefício.

Leia mais:
  • Reforma Tributária: como deve funcionar o cashback de impostos?
  • Quanto vou receber de volta com o cashback da reforma tributária? Veja o cálculo
  • Reforma Tributária: Eu topo, mas primeiro me mostra a compensação
Newsletter

Não perca as nossas newsletters!

Selecione a(s) news(s) que deseja receber:

Estou de acordo com a Política de Privacidade do Estadão, com a Política de Privacidade da Ágora e com os Termos de Uso.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

  • Especialistas alertam: reforma tributária complica financiamento de imóvel e prejudica investidores

Conforme o projeto de lei aprovado na semana passada na Câmara dos Deputados, o cashback da reforma tributária vai atender famílias necessitadas com renda per capita de até meio salário mínimo — isto é, R$ 706 considerando a data de hoje. Para ter acesso ao benefício, é necessário estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal, programa que reúne dados de famílias em situação de vulnerabilidade social. Além disso, conforme a legislação de cada ente federativo terá autonomia para definir alíquotas diferenciadas para o cashback de impostos.

Na visão do tributarista Sergio Villanova, do Buttini Moraes Advogados, dois agentes serão beneficiados com o cashback: a população de baixa renda e também o governo. No caso da população, para ele a devolução em dinheiro de parte dos tributos da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) é melhor do que uma alíquota zero. “As famílias que realmente têm um baixo poder aquisitivo serão atendidas e ter esse valor em mãos é mais fácil de entender o benefício do que uma redução da base de cálculo da alíquota.”

  • Reforma Tributária: quem tem direito de receber o cashback de impostos?

Em relação ao governo, embora os cofres públicos deixem de arrecadar essa parcela que será devolvida, Villanova aponta que será mais fácil haver um controle orçamentário sobre a medida. “Quando há uma isenção na base de cálculo para bens essenciais (cesta básica), não há um controle sobre esse ‘gasto’ em termos de receita. Fica difícil mensurar o quanto a população carente está de fato sendo beneficiada. O cashback, mesmo tirando da arrecadação pública, garante esse controle e pode ser quantificado para ser previsto nos orçamentos futuros”, explica.

Cashback da reforma tributária é inconstitucional?

Embora todos os especialistas ouvidos pelo E-Investidor tenham pontuado a importância de um mecanismo compensatório à população de baixa renda diante das mudanças que a reforma tributária está promovendo, alguns apontaram uma possível inconstitucionalidade desse mecanismo. Cassiano Menke, advogado tributarista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), explica que a premissa desse benefício é atender famílias que não tenham o mínimo vital para sobreviver e por isso elas não têm capacidade contributiva [princípio jurídico que considera um valor mínimo para assegurar a equidade tributária].

“Quando uma pessoa não tem condições financeiras, porque é reconhecidamente de baixa renda, fica isenta do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Logo, ela também não deveria ser tributada pelo CBS e IBS”, diz Menke. Para ele, a tributação e a posterior devolução parcial ou integral do valor é uma “confissão” que o poder público vai cobrar esses impostos de maneira errada.

Publicidade

Conteúdos e análises exclusivas para ajudar você a investir. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Outro ponto que o tributarista e professor salienta é o fato de que, na Constituição Federal de 1988, o salário mínimo foi instituído como o valor a ser considerado como mínimo vital. Veja o que diz o artigo 7, inciso 4, da carta magna:

  • “Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim.”

“Não deveria ser um cashback, mas um ‘cashavoid’ já que a incidência desses impostos nem deveria acontecer. Meio salário mínimo não garante o atendimento às necessidades vitais básicas — e quem diz isso é a Constituição”, pontua Menke.

Reforma tributária, cashback e o pacto federativo

O mesmo argumento é defendido pela advogada e professora em Direito Tributário Louise Lerina Fialho. “É louvável que a reforma tributária se preocupe em atenuar os efeitos da tributação sobre o consumo, a qual não leva em consideração a renda dos contribuintes. Todos sofrem a mesma carga tributária, independentemente da respectiva renda, o que é inconstitucional”, afirma.

Ela também faz uso do que a carta magna brasileira estabelece, destacando o que diz o artigo 145, parágrafo 1º, que diz:

  • “Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.”

“Defendo que deveria prevalecer o método de desoneração e não de devolução (cashback)”, diz Louise. Em um estudo acadêmico na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no qual é mestranda, ela ainda pontuou que o mecanismo fere o pacto federativo.

“A ofensa fica clara no momento em que se verifica que a União, por meio de lei complementar, faz cortesia com ‘chapéu alheio’. Isto é, a União obriga estados e municípios a devolverem o IBS, desconsiderando a autonomia financeira dos entes federados”. Novamente usando como base a Constituição, a advogada cita que a lei veda que o governo federal conceda isenções de tributos de competência dos estados e municípios. “É o que se chama, tecnicamente, de vedação à isenção heterônoma.”

Cashback pode ser alvo de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)

O projeto de lei da reforma tributária foi aprovado na Câmara dos Deputados na semana passada, mas ainda passará por votação no Senado até ir à sanção presidencial. É claro que, até lá, o texto pode ser alterado e, talvez, essas incongruências com a Constituição possam ser corrigidas. Se não, os especialistas acreditam que possa ocorrer a chamada Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) sobre o cashback — em parte ou integralmente.

  • Quem ganha e quem perde com a reforma tributária? Veja o que muda para consumidores e empresas

Nesse caso, é o Supremo Tribunal Federal (STF) que deve avaliar se há fundamento constitucional ou não do mecanismo proposto pela reforma. E há precedência de situações como essa. Em 2004, o ex-ministro Celso de Mello reconheceu a vinculação entre o salário-mínimo e o mínimo existencial no julgamento da ADI nº 1.442/DF. Na decisão, o decano escreveu: “a insuficiência do valor correspondente ao salário mínimo, definido em importância que se revele incapaz de atender as necessidades vitais básicas do trabalhador e dos membros de sua família, configurará um claro descumprimento, ainda que parcial, da Constituição da República.”

Diante desse contexto, tanto Louise quanto Menk apontam que melhor do que o cashback seria a criação de uma limitação ao poder de tributar pela própria Constituição, como uma espécie de imunidade tributária. Assim, não haveria ofensa ao princípio da capacidade contributiva e nem mesmo ao pacto federativo. “Há países que utilizam tal modelo de desoneração, como o Uruguai. Neles, não há devolução, pois as famílias de baixa renda são integralmente desoneradas no momento da compra de bens ou no da contratação de serviços”, completa a professora de Direito Tributário.

Publicidade

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • cashback
  • Conteúdo E-Investidor
  • Reforma tributária
  • renda
Cotações
09/11/2025 2h14 (delay 15min)
Câmbio
09/11/2025 2h14 (delay 15min)

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    Black Friday 2025: confira guia dos gigantes online para economizar de eletrônicos a itens de casa e moda

  • 2

    Onze ações batem recorde histórico junto com o Ibovespa; veja quais são elas

  • 3

    O plano para acabar com a seca de IPOs e trazer de volta o apetite do mercado de ações

  • 4

    Resultado da Petrobras no 3T25 acende alerta para risco político e plano de investimentos; entenda o que o balanço revela ao investidor

  • 5

    Minerva (BEEF3) cai 13% após balanço para “pendurar na parede”; o que explica a reação do mercado?

Publicidade

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o Como funciona a venda de ingresso da Final da Libertadores 2025?
Logo E-Investidor
Como funciona a venda de ingresso da Final da Libertadores 2025?
Imagem principal sobre o Final da Libertadores 2025: como será a venda pelo Flamengo?
Logo E-Investidor
Final da Libertadores 2025: como será a venda pelo Flamengo?
Imagem principal sobre o Quem foi demitido tem direito ao 13º salário? Entenda
Logo E-Investidor
Quem foi demitido tem direito ao 13º salário? Entenda
Imagem principal sobre o FGTS: veja prazo para solicitar saque calamidade em Caraguatatuba (SP)
Logo E-Investidor
FGTS: veja prazo para solicitar saque calamidade em Caraguatatuba (SP)
Imagem principal sobre o Enem 2025: 5 cidades de SP que terão transporte gratuito para a prova
Logo E-Investidor
Enem 2025: 5 cidades de SP que terão transporte gratuito para a prova
Imagem principal sobre o Final da Libertadores 2025: veja valores de ingressos e pacotes dos times
Logo E-Investidor
Final da Libertadores 2025: veja valores de ingressos e pacotes dos times
Imagem principal sobre o Perdeu a senha do cartão do Bolsa Família? Veja passo a passo para recuperar
Logo E-Investidor
Perdeu a senha do cartão do Bolsa Família? Veja passo a passo para recuperar
Imagem principal sobre o FGTS: saiba como simular um empréstimo pelo aplicativo
Logo E-Investidor
FGTS: saiba como simular um empréstimo pelo aplicativo
Últimas: Educação Financeira
Seguro de vida: entenda a diferença entre os modelos capitalizado e de repartição simples antes de contratar
Educação Financeira
Seguro de vida: entenda a diferença entre os modelos capitalizado e de repartição simples antes de contratar

Escolha não envolve apenas preço, mas também perfil e objetivo do segurado; entenda com os especialistas

08/11/2025 | 17h00 | Por Igor Markevich
Black Friday 2025: confira guia dos gigantes online para economizar de eletrônicos a itens de casa e moda
Educação Financeira
Black Friday 2025: confira guia dos gigantes online para economizar de eletrônicos a itens de casa e moda

Amazon, Shopee e OLX detalham estratégias e descontos para aproveitar data com planejamento e consciência

08/11/2025 | 12h00 | Por Luísa Giraldo, especial para o E-Investidor
Veja onde investir com segurança e ganhar mais que a poupança com juros a 15% ao ano
Educação Financeira
Veja onde investir com segurança e ganhar mais que a poupança com juros a 15% ao ano

Poupança rende pouco mais da metade do CDI e perde espaço entre os investidores conservadores

05/11/2025 | 18h41 | Por Leo Guimarães
Black Friday 2025: guia para fugir dos golpes e das falsas promoções
Educação Financeira
Black Friday 2025: guia para fugir dos golpes e das falsas promoções

Aquecimento no comércio também é favorável para a proliferação de golpes digitais

04/11/2025 | 07h00 | Por Guilherme Matos

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador