Educação Financeira

Pedir ou cozinhar a ceia de Natal? Veja qual é a opção mais barata

Os itens do jantar especial ficaram aproximadamente 16% mais caros em 2022 que no ano anterior

Pedir ou cozinhar a ceia de Natal? Veja qual é a opção mais barata
Um levantamento feito pelo E-Investidor demonstrou que cozinhar ainda vale mais a pena do que pedir no delivery, se considerada apenas a questão de custo (Fonte: Pixabay)
  • De acordo com a educadora financeira Ana Pregardier, considerando apenas os números, valeria a pena cozinhar a maionese e apenas o peru, por exemplo, e encomendar o arroz e a farofa (economia de R$92,36)
  • Já Eduardo M. Reis Filho, especialista em educação financeira e de investidores da Ágora, afirma que se realizar os pratos ou encomendar os alimentos for caro. Uma terceira opção é cada convidado trazer um prato, seja salgado ou doce
  • Um estudo realizado pelo pesquisador da Universidade Federal de Juiz de Fora, Fernando Agra, apontou que os itens da ceia de natal ficaram aproximadamente 16% mais caro que no ano anterior

O Brasil enfrenta uma alta inflacionária de 6,47% no acumulado de 12 meses, enquanto o nível de famílias endividadas bate recorde. O conjunto da obra pressiona o salário dos brasileiros, que ficam em dúvida sobre o que fazer quanto à ceia de Natal. A grande questão é se vale mais a pena comprar os itens separados e cozinhar ou pedir os pratos em restaurante e, no máximo, esquentar a comida antes do jantar.

Estudo realizado pelo pesquisador da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Fernando Agra apontou que os itens da ceia de Natal ficaram aproximadamente 16% mais caros que no ano anterior. Mesmo assim, um levantamento feito pelo E-Investidor com a comparação de preços entre cinco padarias paulistas e cinco supermercados demonstrou que cozinhar ainda vale mais a pena do que pedir no delivery, se considerado apenas o custo financeiro.

Um pedido em uma padaria que contemple 1 quilo de arroz natalino, maionese e farofa natalina, além de aproximadamente 4 quilos de peru e chester (frango) custa R$ 392,19. Enquanto comprar todos os itens no mercado, inclusive os ingredientes necessários para temperar os alimentos, custa em torno de R$ 332,55, ou seja, 15,20% menos.

  • 1 quilo de arroz natalino (arroz, cenoura ralada, uva-passa, salsinha, cebola e tomate) – encomendar R$ 53,44, cozinhar R$ 58,53;
  • 1 quilo maionese de Natal (batata, cenoura, vagem, ervilha e maionese) – encomendar R$ 56,04, cozinhar R$ 28,19;
  • 1 quilo de farofa natalina (farinha de mandioca com milho, ameixa-preta, azeitona verde e bacon) – encomendar R$ 47,20, cozinhar R$ 55,41;
  • 4kg de peru – encomendar R$ 131,25, cozinhar R$ 80,04;
  • 4kg de chester – encomendar R$ 104,26, cozinhar R$ 110,38.

O preço pode variar de acordo com a quantidade de itens utilizados no preparo dos alimentos. Vale destacar também que o período de cozimento de cada item varia – o que envolve energia e gás no processo, não considerados no levantamento.

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Enquanto o ato de fazer o pedido pelo telefone demorar cerca de dez minutos, preparar os pratos, caso cada um seja feito individualmente, leva cerca de 4 horas e 40 minutos, segundo um comparativo feito pelo site de culinária Tudo Gostoso. Dessa forma, a decisão principal fica entre investir  tempo para realizar todo o preparo até a noite do dia 24 de dezembro ou gastar um pouco a mais para ter um respiro na cozinha.

De acordo com a educadora financeira Ana Pregardier, considerando apenas os números, valeria a pena cozinhar a maionese e apenas o peru, por exemplo, e encomendar o arroz e a farofa (economia de R$92,36). Porém, ela ressalta que cada família tem as suas características. Cozinhar a própria ceia pode ser um momento familiar “muito precioso onde todos se envolvem e, inclusive, as crianças aprendem sobre como se organizar financeiramente nesses momentos”.

Eduardo Reis Filho, especialista em educação financeira e de investidores da Ágora, lembra de uma terceira opção a cozinhar ou pedir a ceia por telefone: cada convidado traz um prato. “Atualmente, existem até os aplicativos que organizam a famosa ‘vaquinha’ para que todos participem. O que está jogo é não dar o passo maior que a perna, querendo ostentar sem ter condição”, aconselha.

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