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Educação Financeira

Como começar a investir em 2024? Especialistas dão o caminho para iniciantes

O ideal é fazer sua reserva de emergência para depois começar a investir

Como começar a investir em 2024? Especialistas dão o caminho para iniciantes

Investir ainda é uma dádiva para poucos brasileiros. Segundo dados do IBGE, o Brasil possui 108,1 milhões de pessoas que fazem parte da população economicamente ativa, aquelas que estão trabalhando ou que estão em busca de oportunidade.

Desse número, apenas 18,1 milhões investem ou possuem algum tipo de investimento, de acordo com dados divulgados pela B3 no fim do ano passado. Ou seja, apenas 16,7% da população economicamente ativa investe.

Para mudar esse número, o E-Investidor está promovendo a Semana da Educação Financeira, com lives e reportagens para ajudar a pessoa física a investir. Nesta quarta-feira (24), a repórter Luiza Lanza conversou com o professor Eduardo Mira, analista e sócio da Me Poupe, e o especialista Fernando Bueno, da Ágora Investimentos. Eles falaram sobre investimentos para iniciantes, perfil de investidor, e explicaram conceitos como renda fixa e renda variável.

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De acordo com Mira, a primeira coisa que a pessoa deve fazer é ter a organização financeira e estabelecer metas. “Isso é um passo importante, porque se você não sabe para que você esta investindo, não terá nem motivação para começar”, afirma.

Fernando Bueno comenta que o melhor é ter um objetivo. “Você precisa saber para que está guardando dinheiro. Você vai poupar para ter segurança, ou pensando na sua aposentadoria? Então um ponto importante que ajuda a pessoa a poupar é ter um objetivo”, argumenta o especialista da Ágora Investimentos.

Ele também cita que ante de investir a pessoa deve organizar a sua vida financeira e separar os gastos de forma correta com 50% do ‘salário’ para pagar as contas fixa, como água, luz, alimentação, entre outras coisas.

Além disso, ele recomenda usar 20% para gastos esporádicos, como manutenção do carro e lazer. “A nossa vida não é só trabalho, a gente precisa ser feliz, temos que ter prazer, por isso precisamos gastar com lazer”, explica.

Já os 30% restantes eles recomendam investir. Em um primeiro momento, o ideal é construir uma reserva de emergência com esse dinheiro. Bueno recomenda formar uma reserva de emergência com pelo menos 6 meses do seu salário. “Então, se a pessoa ganha R$ 5 mil por mês, o ideal é formar uma reserva de emergência de pelo menos R$ 30 mil”, relata.

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Enquanto isso, Eduardo Mira descreve que essa reserva deve ser construída e ficar em investimentos com liquidez diária e baixo risco, como CBD de um grande banco ou no Tesouro Selic. Além disso, ele afirma que o investidor que está montando a reserva de emergência deve evitar três produtos: a renda variável, os títulos de renda fixa pré-fixados e a poupança.

A objeção sobre a renda variável, neste caso, é por que ela traz riscos para um dinheiro que pode ser usada a qualquer momento; já os títulos de renda fixa pré-fixados é pela marcação a mercado, que pode causar desvalorização do título se o investidor sair antes do vencimento, se ele ficar até o fim, terá o rendimento acordado.

“A poupança tem liquidez, é protegida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), mas ela tem o problema do retorno. E mesmo ela não pagando imposto de renda, ela paga menos que o Tesouro Selic, que paga o imposto de renda. Ela também remunera a cada 30 dias, já os outros investimentos rendem todos os dias”, explica o professor.

Com a reserva de emergência formada, o investidor pode começar a fazer os seus aportes, mas antes disso ele precisa saber qual é o seu perfil: conservador, moderado ou arrojado. Mira diz que prefere não seguir essa tese, pois o mais importante é o objetivo.

“Se a pessoa quiser ter a independência financeira em 10 anos, ela terá que tomar bastante risco e ir para a renda variável, mas se não quiser ir para renda variável, ela vai ter que mudar o seu objetivo e alongar o tempo para conquistar a independência financeira”, argumenta Mira.

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Depois de descobrir o perfil, definir o objetivo e ter a reserva de emergência, a pessoa deve diferenciar a renda fixa da renda variável. Os especialistas comentam a renda fixa é empréstimo e você sabe quanto vai receber no final da aplicação.

“No entanto, vale lembrar que na renda fixa, você pode encontrar a marcação a mercado, ela pode fazer  o título valer mais ou menos ao longo do tempo. Mas se você segurar até o vencimento, isso não interfere no seu rendimento. Você vai receber exatamente aquilo que contratou”, explica o professor da Me Poupe.

Eles também dissertaram que o investidor se torna sócio da empresa na renda variável e pode receber os lucros ou os prejuízos. O especialista da Ágora comenta que o importante para o investidor é saber o que ele está comprando. “Tem que tomar cuidado para não apertar o botão toda hora e comprar qualquer coisa. O ideal é saber a real situação das empresas que ele está investindo”, alerta Bueno.

Os especialistas também falaram sobre fundos imobiliários e outras possibilidades de investimentos. Para conferir o conteúdo completo da live, assista o vídeo a seguir.

Assista ao vídeo completo:

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