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- Se tem uma coisa certa no começo de cada ano é que o orçamento de janeiro ganha corpo com a chegada de diversas despesas extras
- Na verdade, elas são quase uma certeza na vida de muitas famílias brasileiras: IPVA, IPTU, reajustes. Entre essas contas chegam também os boletos ligados à educação
- A organização orçamentária deve começar com um bom planejamento. Ou seja, se é sabido que em janeiro chegarão novas obrigações a pagar, o ideal é que alguns meses antes as famílias comecem a botar na ponta do lápis, ou em planilhas, quanto de dinheiro precisarão para honrar os compromissos
Se tem uma coisa certa no começo de cada ano é que o orçamento de janeiro é inflado pela chegada de diversas despesas extras. Na verdade, elas são quase uma certeza na vida de muitas famílias brasileiras: IPVA, IPTU, reajustes. Entre essas contas chegam também os boletos ligados à educação. E para evitar que essas contas, juntas, pesem mais do que se terá de recursos, é preciso se organizar para evitar dores de cabeça e até prejuízos.
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A organização orçamentária deve começar com um bom planejamento. Ou seja, se é sabido que em janeiro chegarão novas obrigações a pagar, o ideal é que alguns meses antes as famílias comecem a botar na ponta do lápis, ou em planilhas, quanto de dinheiro precisarão para honrar os compromissos.
“O ideal é se planejar ao longo do ano. Temos algumas despesas que, por mais que não sejam recorrentes, são previsíveis”, adverte Paula Sauer, economista e coordenadora do Laboratório de Finanças Pessoais da ESPM.
Observe os reajustes e negocie
Para os custos de matrícula e mensalidade de escolas e universidades, por exemplo, podem ser usados os valores do ano corrente. E sobre estes, calcular um aumento próximo da inflação. Todas as segundas-feiras, por exemplo, é divulgado o Boletim Focus, com a expectativa do mercado para o IPCA do ano em curso e dos que virão.
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Outra possibilidade é acompanhar as estimativas de aumento. Um levantamento recente, realizado pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp) com 979 escolas da maioria dos Estados brasileiros, projeta que as mensalidades das escolas particulares devem subir entre 8% e 9%, em média.
O valor é superior ao IPCA, que pode encerrar 2024 em 4,49%, segundo o último Boletim Focus. Johnny Mendes, professor de economia da Faap, lembra que é possível negociar os reajustes com as instituições educacionais. “É preciso saber quais são os índices que vão corrigir os contratos. geralmente eles estão no contrato e o principal é o IPCA, que mede a inflação oficial”, explica Mendes.
Faça compras conscientes e sustentáveis
Além de pesquisar preços para economizar na compra, as famílias que têm crianças e adolescentes em fase escolar também podem avaliar quais materiais ainda possuem e se ainda estão em condições de uso.
“Coloque em cima de uma mesa e faça uma triagem junto com as crianças e adolescentes para verificar o que ainda pode ser reutilizado. Às vezes, um lápis de cor foi usado tão pouco, as canetinhas também, borracha, apontador”, observa Ikedo.
“Até mesmo cadernos que tenham ainda muitas folhas sobrando não devem ser descartados, por uma questão de desperdício financeiro e também por uma questão de agressão ao meio ambiente”, conscientiza a educadora.
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A dica de uso consciente vale também para uniformes escolares e livros, que, se em bom estado, podem ser trocados ou comprados por um valor mais baixo.
Pense na educação financeira dos jovens
O orçamento educacional precisa contemplar também os custos de jovens que moram em outras cidades para estudar. Nesses casos, há diversas estratégias que podem auxiliar no uso mais eficiente do dinheiro. “Quando se fala de faculdade, é importante estabelecer um orçamento com os jovens”, aconselha Ikedo.
Optar por uma moradia próxima do local de estudo evita gastos com deslocamento, por exemplo. Alimentação é outro fator-chave para essa organização financeira.
“Preparar parte dos alimentos na residência sempre que possível, evitando pedir por sistema de delivery ou comer fora. Isso traz para o jovem uma conscientização alimentar, que além de ser mais saudável é mais barata”, reflete Ikedo.