Educação Financeira

Como guardar dinheiro para momentos de crise

Especialista dá dicas sobre como fazer reserva de emergência

Como guardar dinheiro para momentos de crise
Foto: Pixabay
  • A economia é cíclica. Isso significa que de tempos em tempos haverá uma nova crise econômica
  • Se preparar para esses momentos é essencial para manter a saúde financeira
  • Especialista explica técnica para guardar dinheiro para momentos de emergência

A pandemia de Covid-19 trouxe um alerta sobre a possibilidade de uma crise econômica. Podendo não ser o único causador, é fato que países enfrentam períodos difíceis em relação a economia de tempos em tempos.

Por esse motivo, saber como guardar dinheiro na crise – fazendo a conhecida reserva de emergência – é essencial para não ser pego novamente de surpresa.

Somos um país em desenvolvimento e por isso temos que pensar sempre em guardar dinheiro”, diz André Fernandes, head de produtos da Ágora Investimentos.

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De fato, apenas na história recente, o Brasil coleciona uma sequência de momentos delicados. O primeiro em 2002, quando o mercado reagiu negativamente à vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seguido pela bolha imobiliária de 2008 que derreteu a economia mundial. Também tivemos a crise econômica que vigorou com força entre 2014 e 2017, ainda no governo de Dilma Rousseff, e o mesmo cenário se repetiu no governo de Jair Bolsonaro durante a pandemia.

De acordo com Fernandes, mesmo quem ganha pouco pode e deve guardar dinheiro. Para o E-Investidor, o especialista explicou como fazer reserva de emergência pela técnica “LAPIS”. Entenda:

Como guardar dinheiro na crise com o método “LAPIS”

L: Longo Prazo

Separar uma parte do salário assim que entrar na conta deve ser um exercício contínuo. A reserva de emergência deve ser pensada como uma estratégia de longo prazo. É o momento de planejar sobre o que se espera daquele dinheiro pelo prazo mínimo de 10 anos.

A: Analisar alternativas de investimento

Não dá para guardar o dinheiro embaixo do colchão. Deixar na conta-corrente também não vai fazê-lo render e você ainda corre o risco de acabar mexendo na sua reserva para despesas não-essenciais. A saída, portanto, é fazer uma análise das melhores opções para aplicar suas economias.

Prefere investir em ações? Colocar na poupança? Adquirir CDBs? Reflita sobre o seu perfil de risco e decida o que mais se encaixa com as suas necessidades, lembrando que as aplicações devem ter alta liquidez.

P: Planejar como guardar o dinheiro

Estabeleça uma meta de quanto guardar. Os planejadores financeiros recomendam separar entre 20% a 30% do salário. Isso significa, por exemplo, que quem ganha R$1500 por mês, deve separar algo entre R$300 e R$450 por mês.

I: Investir

Depois de ter feito todo o planejamento, analisado as opções de investimentos e entendido seu objetivo de longo prazo, é hora de colocar em prática e investir. Nessa fase é importante acompanhar o desempenho dos investimentos para fazer eventuais mudanças de estratégia ao longo do caminho.

S: Segurança

Sua reserva de emergência tem que estar alinhada com o seu planejamento. Isso significa que um caixa emergencial razoável cobre pelo menos três meses das suas despesas necessárias. Já uma boa reserva, seria suficiente para cobrir nove meses desses gastos essenciais. Por isso, para saber se você realmente tem um montante que te dá segurança, calcule o valor das suas despesas necessárias no mês e compare com o volume de dinheiro guardado.

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