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Conheça os 3 tipos de perfil de risco e como investir melhor

Entenda como navegar na crise de acordo com seu perfil de risco

Conheça os 3 tipos de perfil de risco e como investir melhor
Foto: Pixabay
  • Cada investidor possui um perfil de risco, que varia entre Conservador, Moderado e Arrojado
  • Para quem é conservador, a recomendação é investir em ativos de renda fixa atrelados ao CDI e títulos com proteção do FGC
  • Quem tem perfil moderado, títulos prefixados do Tesouro e baixa exposição em bolsa podem ser uma boa opção
  • Empresas ligadas à retomada da economia podem ser oportunidades para investidores arrojados

O ditado popular “o que não serve para mim, também não serve para os outros” não poderia ser mais equivocado quando o assunto é investimentos. O mercado acionário não é homogêneo e cada investidor tem objetivos, vida financeira e comportamentos diferentes. Há pessoas que não podem pensar em ter queda nos ativos que já perdem o chão e os que encaram muito bem as oscilações do dia a dia.

Essas reações diferentes ao mesmo estímulo ocorrem por conta das variações nos perfis dos investidores, que são classificados em conservadores, moderados, balanceados ou arrojados, de acordo com o nível de aversão ao risco. Esse perfil também serve para guiar a composição das carteiras, já que quanto maior a promessa de retorno de um ativo, maior é o risco atrelado.

O E-Investidor conversou com especialistas para entender quais os melhores investimentos para cada perfil de investido – principalmente no atual momento de crise econômica.

Conservador

Ser conservador significa ter total aversão ao risco, ou seja, renda variável está fora de cogitação. “No final do ano, quando o Ibovespa estava em alta, muitos investidores desrespeitaram o próprio perfil de risco e foram para a bolsa de valores pensando em ganhar mais. Agora, estão arrependidos”, explicou André Fernandes, head de produtos da Ágora Investimentos.

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De acordo com Fernandes, na atual conjuntura econômica, os melhores investimentos para esse tipo de investidor são ativos em renda fixa atrelados ao CDI e títulos que tenham a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) – seguro que protege o patrimônio do investidor que aplica até 250 mil reais em papéis de instituições financeiras. “É o caso dos fundos DI, Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs)”, disse.

Essa também é a opinião de Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Investimentos. “A estratégia para o investidor conservador é preservar valor, evitar qualquer ameaça de prejuízo”, diz.

Moderado

O perfil moderado é composto por investidores que são conservadores, mas conseguem lidar com algum grau de volatilidade. Para esse público, já é possível mesclar a renda fixa com ativos de renda variável.

“Indico títulos prefixados do Tesouro Direto e ações de empresas que não estejam tão ligadas ao ciclo econômico, que sejam mais sólidas, com caixa forte e baixo nível de endividamento”, diz Silveira.

O economista também destaca a importância de diversificar e balancear a carteira. “Também é recomendável colocar a maior parcela dos ativos da carteira em títulos do tesouro atrelados ao CDI, uma menor parte nos prefixados, e uma parte menor ainda em ações.”

Segundo Fernandes, ativos indexados à inflação também podem ser uma boa opção para quem tem esse perfil de risco. “Temos papéis acima de 9% de retorno no médio e longo prazos.”

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O retorno mais alto nos prefixados de longo prazo é explicado pela expectativa de elevação nas taxas de juros para os próximos anos. De acordo com os especialistas, o Brasil sai mais endividado da crise, o que aumentaria o risco-país e abriria espaço para juros maiores no futuro.

Arrojado

O investidor arrojado é aquele que tem baixa, ou nenhuma, aversão ao risco. Quem tem esse perfil está disposto a encarar maiores oscilações por uma possibilidade de retorno expressivo.

Para o sócio-diretor da Ativa Investimentos, Luis Barone, as melhores oportunidades para os arrojados estão em ações ligadas ao mercado chinês, como empresas brasileiras de commodities que têm subsidiárias no país estrangeiro. “Esse tipo de companhia carrega uma proteção implícita, ligada ao fato da China ser a primeira a se recuperar da crise”, diz.

Já para Fernandes, a palavra para o momento é diversificação. “Fundos multimercados, empresas que tenham relação com a retomada da economia, como concessionárias, companhias de energia elétrica e alimentos, posições em dólar, etc”.

Entretanto, mesmo quem gosta de risco precisa ter cautela redobrada, já que o mercado financeiro vive um momento de grande volatilidade devido ao coronavírus. “É importante ter uma parte dos investimentos em renda fixa para garantir liquidez”, diz Silveira.

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