- A primeira orientação é saber quanto de dinheiro a pessoa tem para gastar
- Rafael Medeiros, educador financeiro da Partiu Poupar, braço de educação financeira da Terra Investimentos, explica que não existe um valor certo para se usar do orçamento mensal, “mas é preciso ter bom senso no momento das compras”
- Já Ana Paula Hornos, colunista do E-Investidor, indica que para os que pretendem parcelar as compras, é importante que respeite o limite máximo de 30% do endividamento total da renda mensal
Após o período da Black Friday, a próxima data comemorativa em que os brasileiros tendem a comprar de forma extraordinária é o Natal. Dessa forma, especialistas entrevistados pelo E-Investidor deram dicas de como se organizar financeiramente para gastar sem comprometer o orçamento e como encontrar as melhores ofertas no período.
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A primeira orientação é saber quanto de dinheiro a pessoa tem para gastar. Rafael Medeiros, educador financeiro da Partiu Poupar, braço de educação financeira da Terra Investimentos, explica que não existe um valor certo para se usar do orçamento mensal, “mas é preciso ter bom senso no momento das compras”.
Ele recomenda que seja somado todos os gastos que a pessoa possui para dezembro e abata o valor do salário líquido que recebeu no último mês do ano. “Se sobrar algo, vale separar para comprar presentes. Caso não sobre, a pessoa deverá passar a festividade sem gastos”, orienta.
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Já Ana Paula Hornos, colunista do E-Investidor, indica que para os que pretendem parcelar as compras, é importante que respeite o limite máximo de 30% do endividamento total da renda mensal.
Vale lembrar que, se o pagamento das compras se estender para janeiro, a dívida do Natal se somará a gastos que tradicionalmente acontecem após a virada de ano, como o pagamento de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e seguro incêndio, matrículas de escolas e cursos, anuidades de clubes e academia.
Dessa forma, para não extrapolar os gastos, a autora dos livros “A Origem do Dinheiro” e a “A Aventura da Economia”, Ana Pregardier, apontou algumas orientações para compras com maior consciência financeira:
- Escreva os itens que quiser comprar, seja para você ou algum familiar;
- Faça duas colunas, uma com os benefícios que a compra trará e outras com os eventuais problemas ou possíveis desconfortos que pode causar;
- Opte por comprar apenas após analisar claramente a lista.
“Uma compra consciente traz satisfação e benefícios, mas quando compramos algo, mesmo que seja barato, que não temos condições financeiras para tal, se torna um problema e afeta a saúde financeira. Às vezes até a saúde física e emocional”, diz a educadora financeira.
Caso alguém não tenha dinheiro, mas ainda sim gostaria de comprar presentes, o educador financeiro da Partiu Poupar sugere que o consumidor proponha aos familiares que seja feito um amigo secreto, com um valor estipulado porque “todos receberão um presente bom e não será necessário gastar com vários presentes”.
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Nesta reportagem, veja como economizar com a Ceia de Natal.
Momento da compra
Após se organizar financeiramente, a colunista E-Investidor Ana Paula Hornos sugere que os brasileiros conversem com os vendedores de lojas físicas ou veja nos sites online para comprar produtos à vista, pois essa forma de pagamento pode trazer descontos que não aparecem no parcelamento.
Além disso, as parcelas podem ser acrescidas de juros, o que deixa o produto mais caro. Nesse sentido, a escritora Ana Pregardier recomenda que seja feita uma reserva de dinheiro prévia para o período natalino.
Arthur Soares, educador financeiro da XP, por sua vez, recomenda que antes de uma compra os brasileiros realizem um processo de comparação de preços ao longo do dia. A pesquisa de preços trará uma referência de quanto custa um determinado item para que algo não seja adquirido com um valor exorbitante ao que o mercado precificou.
Mas ele afirma que só sejam realizadas comparações em sites confiáveis ou em plataformas que algum amigo ou familiar tenha comprado para não ter problemas, como a possibilidade do produto não ser entregue ou sofrer um ataque hacker pelo computador. “Além dos sites [confiáveis], é interessante ir pessoalmente às lojas, pois pode haver algum desconto que não há virtualmente”, diz também o educador financeiro da Partiu Poupar.
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