Educação Financeira

IPVA 2023: vale a pena parcelar ou pagar à vista? Veja a melhor opção

Dias que devem ser feitos os pagamentos dependem do final da placa e da região de emplacamento do veículo

IPVA 2023: vale a pena parcelar ou pagar à vista? Veja a melhor opção
Em São Paulo, por exemplo, o IPVA de automóveis de passeio equivalem a 4% do valor; enquanto os utilitários e comerciais leves, 2% (Fonte: Pixabay)
  • A pedido do E-Investidor, Milad Kalume, gerente de desenvolvimento de negócios da JATO Dynamics, realizou um levantamento que aponta se vale a pena parcelar a dívida ou não
  • Na prática, se um veículo custa R$ 100 mil, os proprietários de carros a passeio pagarão na região paulista R$ 4 mil, enquanto os utilitários ou comerciais leves, R$ 2 mil
  • Vale destacar ainda que, segundo o Serasa, normalmente pessoas com doenças graves, como cardiopatias, doença mental, doença visual, esclerose múltipla, entre outras, estão isentas do pagamento do imposto

Todo proprietário de veículo, seja ele um cidadão comum ou uma locadora, precisa pagar o Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotor, mais conhecido como IPVA, quando o ano vira. A pedido do E-Investidor, Milad Kalume, gerente de desenvolvimento de negócios da JATO Dynamics, realizou um levantamento que aponta se vale a pena parcelar a dívida ou não.

De primeira, o motorista precisa saber quanto terá que pagar. Deve-se, assim, multiplicar a alíquota (porcentagem) do imposto definido pela Secretaria de Fazenda estadual (Sefaz) onde o veículo foi emplacado pelo valor do veículo. Em São Paulo, por exemplo, automóveis de passeio pagam 4%, enquanto os utilitários e comerciais leves, 2%.

Na prática, se um veículo custa R$ 100 mil, os proprietários de carros a passeio pagarão na região paulista R$ 4 mil, enquanto os utilitários ou comerciais leves, R$ 2 mil.

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Vale destacar que as locadoras possuem uma alíquota diferenciada de 1% para seus veículos.

Como saber o valor do carro?

Quanto ao valor, no caso de veículos zero quilômetro, no primeiro pagamento do IPVA é necessário usar como referência o preço que consta na nota fiscal e o valor será proporcional ao mês da aquisição do veículo.

Se uma pessoa comprou um carro por R$ 60 mil em maio, deve-se multiplicar o valor do veículo pela alíquota (digamos que 4%) e, em seguida, multiplicar pela proporção de meses restantes do ano. Assim, a conta seria: R$ 60 mil x 4% x 7/12 = R$ 1.400,00.

Já para os veículos usados utiliza-se a tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). É usado o preço do mês de outubro como base de cálculo para o imposto do ano seguinte.

Pagar com desconto ou não?

De acordo com Kalume, o desconto do IPVA pode ser de 9% para o valor pago à vista no primeiro mês do ano. Porém, pode passar a 4% se o pagamento for realizado em fevereiro. Ou seja, o dono de um Argo 1.6 6V Flex usado deverá pagar R$ 3.121,48, já que seu carro na tabela Fipe de outubro custa R$ 78.037,00.

Se o valor do imposto for pago em janeiro, haverá um desconto de aproximadamente R$ 280,93 e o valor final será de R$ 2.840,55. Se quitado em fevereiro, o preço do imposto final subirá para R$ 2.996,62, pois o desconto é de 4%, ou de R$ 124,86.

Outra opção está em parcelar o imposto em três vezes (de janeiro a março) sem qualquer desconto. Neste caso, o motorista pagará R$ 1.040,49 por mês.

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De acordo com Cássio Pagliarini, professor do MBA em Gestão Estratégica de Empresas da Cadeia Automotiva da Fundação Getúlio Vargas (FGV), para escolher entre parcelar o IPVA ou não, é preciso levar em conta o orçamento do motorista.

“Às vezes, [dependendo da região], o desconto não é tão grande e não vale a pena quando considerado o peso do preço total no bolso do brasileiro”, declarou o especialista. Ele lembra que no começo do ano há outros gastos que também precisam ser levados em conta: Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), colégio dos filhos, parcelas de presentes comprados para o Natal, além das contas tradicionais do dia a dia, como água, energia e luz.

Assim, ele sugere que o parcelamento seja feito para dar um alívio nos gastos de janeiro. Porém, ressalta que aos esquecidos, deixar de quitar o valor entre janeiro e março significa arcar com juros. “E o que seria apenas um imposto fica mais complicado”, disse.

Segundo a Zul+ Digital, companhia voltada à ativação de estacionamento rotativo, em Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais a multa por IPVA atrasado chega a 0,33% por dia até alcançar o limite de 20% (o que ocorre em 60 dias). Além disso, o IPVA atrasado também sofre juros mensais baseados na taxa Selic. A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, por exemplo, notificou 1.499.754 proprietários de veículos devedores do IPVA 2022, no valor total de R$ 1,76 bilhão.

Como fazer o pagamento?

Existem dois caminhos para quitar o imposto: o primeiro é via bancos tradicionais, no Santander ou no Banco do Brasil, por exemplo, onde o cliente consegue registrar a placa do veículos e ter acesso ao boleto do IPVA. O segundo é a emissão do débito no site do Departamento de Trânsito (Detran) de cada Estado, para tal, é preciso informar o número do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) e a placa do carro.

Vale destacar ainda que, segundo o Serasa, normalmente, pessoas com doenças graves, como cardiopatias, doença mental, doença visual, esclerose múltipla, entre outras, estão isentas do pagamento do imposto. Mas a regra varia de Estado para Estado.

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E as datas para o pagamento do IPVA variam de acordo com a região do emplacamento e o final do veículo. Para saber quando será o período, é necessário acessar o site do governo de cada Estado. Porém, alguns locais ainda não informaram o calendário exato, como São Paulo.

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