Ter o nome “sujo” pode ser motivo de preocupação para muitos brasileiros. Afinal, a situação compromete o score de crédito dos consumidores – pontuação que reflete se o cidadão é um bom pagador. Essa nota influencia na concessão de empréstimos, além de impactar nas taxas de juros que serão cobradas da pessoa e afetar a concessão ou não de cartões de crédito, por exemplo.
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Já mostramos aqui no E-Investidor como os consumidores podem conferir seus scores de crédito em três plataformas diferentes: SPC, Boa Vista e Serasa. Cada uma delas representa um birô de crédito – empresa que reúne uma série de informações sobre o histórico financeiro dos cidadãos.
No entanto, uma dúvida pode surgir entre os usuários: é possível conseguir um empréstimo mesmo estando com o nome “sujo”? Nesta reportagem, o Bora Investir, portal da B3, explicar melhor a questão e fornece uma resposta animadora aos consumidores: mesmo com o CPF negativado, os endividados podem sim conseguir um empréstimo em determinadas instituições.
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Segundo Thaíne Clemente, executiva de Estratégias e Operações da Simplic, as empresas têm se adequado para atender a essa necessidade, compreendendo a importância de fornecer opções acessíveis e transparentes para ajudar quem precisa limpar o nome.
Uma das tecnologias que contribuiu para essa mudança de postura foi o Open Finance. A partir dele, tornou-se possível ter uma visão completa da situação financeira de cada um, muito além do CPF negativado.
Quais cuidados tomar ao contratar um empréstimo?
Os consumidores devem procurar, primeiramente, empresas de crédito pessoal que não encerram a análise financeira ao se deparar com um score abaixo do ideal. Antes de firmar um acordo com a instituição, no entanto, é necessário verificar a sua reputação e conferir se ela tem atividade regulada pelo Banco Central. O órgão disponibiliza a consulta dessa informação aqui.
Geralmente, ter uma fonte de renda fixa, seja como pensionista, profissional autônomo, CLT ou aposentado, também abre maiores possibilidades para os negativados.
Na hora de procurar a melhor opção de empréstimo, Clemente destaca que é importante buscar ofertas transparentes, que demonstrem todas as taxas da operação e os valores das parcelas. Só com o custo total em mãos é que o cliente consegue se certificar de que os valores vão caber no orçamento mensal até a quitação.
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Vale lembrar ainda que cada instituição financeira, empresa ou outra entidade de crédito possui critérios próprios de avaliação financeira – não há um padrão de mercado. Por isso, o cliente não pode desanimar ao procurar opções de empréstimo, já que há alternativas variadas, que exigem um maior ou menor score de crédito.
Após encontrar um contrato que caiba no bolso, o cidadão deve ter cuidado para manter as contas em dia. “Passado o pior momento da dívida, é essencial se organizar de verdade, evitar compras parceladas, dar sempre prioridade ao que é essencial e recuperar sua reputação. Muitas vezes, o acesso ao crédito é o fôlego que faltava para alguém se reerguer e seguir a jornada rumo à liberdade financeira”, ressalta Clemente.
Para conseguir um melhor score, o consumidor deve mudar alguns de seus comportamentos. Procurar inciativas de renegociação de dívidas para limpar o nome, manter o pagamento das contas em dia e atualizar os dados cadastrais são alguns dos caminhos sugeridos.