Aparelho de unidade de terapia intensiva para monitorar pacientes com Covid-19 REUTERS/Benoit Tessier
A busca pelo planejamento sucessório, conjunto de medidas tomadas para organizar a partilha do patrimônio para os herdeiros, aumentaram em decorrência da pandemia de covid-19, que teve o fim decretado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (05). Os anos de 2021 e 2022 ficam também marcados como os de maior volume de testamentos finalizados em mais de uma década.
O número de testamentos lavrados aumentou 15,89% na comparação de 2020 — ano em que a OMS caracterizou a covid-19 como uma pandemia — com 2021, apontam dados do Colégio Notarial Brasileiro (CNB-CF). Esse foi o recorde registrado pela entidade em pelo menos 12 anos.
“Certamente a pandemia de covid-19 destaca-se como fator chave para a urgência da questão nas famílias de todo o País. O fator morte nunca esteve tão próximo de tantos lares, o que faz com que muitos busquem a tranquilidade da segurança jurídica do testamento”, aponta presidente do CNB-CF, Giselle Oliveira de Barros.
No ano de 2022, houve uma leve redução na quantidade de testamentos lavrados. O CNB-CF registrou 39.374 documentos, uma queda de 4,42% na comparação com 2021. Mas o valor ainda é alto na série histórica. O recorde anterior havia sido atingido em 2017, quando foram lavrados 34.805 testamentos.
Os testamentos são apenas uma das formas de garantir o planejamento sucessório para os herdeiros. Outras maneiras, como doações, sociedades, seguros e previdências também são possíveis.