Um velho conhecido dos brasileiros pode voltar: o horário de verão. Conforme o Estadão antecipou na semana passada, o Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS) recomendou o retorno da medida a fim de reduzir o risco de crise energética nos próximos meses. Mas qual será o impacto que o adiantamento de uma hora nos relógios terá na Bolsa de Valores, caso passe a valer?
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Além de questões relacionadas à economia de energia, um aspecto pouco discutido é como a mudança de horário afeta a dinâmica do mercado financeiro. Embora a volta do horário de verão não esteja de fato confirmada, sua implementação tem o potencial de modificar o ritmo das negociações devido à interação com os mercados globais.
Isso porque a B3 (B3SA3), a Bolsa de Valores brasileira, precisa alinhar suas operações com outros mercados internacionais. Em especial, aos índices dos Estados Unidos. Com o horário de verão, há um aumento da diferença de fuso horário entre os dois países, fazendo com que os investidores locais possam ter dificuldades para reagir a eventos econômicos externos.
Como o horário de verão afeta a Bolsa de Valores brasileira?
Se o horário de verão voltar, o Brasil passa a ficar duas horas atrás do horário universal GMT (Londres). Em relação à Nova York, serão duas horas à frente. Ou seja, as bolsas norte-americanas, que costumam abrir às 10h30 no horário de Brasília, passam a ter início somente às 11h30.
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Até 2019, quando o horário de verão foi suspenso no Brasil, a B3 adotava uma hora a mais nas sessões, que funcionavam das 10h às 18h. Isso ainda acontece nos dias de hoje, mas a fim de alinhar as negociações ao horário de verão americano.