O Pix, ferramenta de pagamento instantâneo, foi disponibilizado aos brasileiros no dia 16 de novembro de 2020. Em quase quatro anos, a modalidade já se tornou uma das formas de transações mais populares no País. Segundo o Banco Central (BC), cerca de 540 milhões de contas estavam cadastradas no sistema do Pix em setembro de 2024, realizando mais de 5,5 milhões de transações.
Leia também
Em pouco tempo, a facilidade de uso do Pix foi um grande incentivo para os resultados vistos atualmente. Porém, muitas mudanças na plataforma ocorreram nesse período, incluindo medidas de proteção contra golpes e facilidades de crédito.
O recurso, no início, não cobrava por cada transferência realizada, apenas de R$ 0,01 a cada 10 operações, que deveria ser pago pela instituição financeira que recebe os recursos. O Pix segue com esse sistema de cobrança apenas para pessoas físicas. Desde 2023, pessoas jurídicas são debitadas de uma tarifa específica a depender do banco em que a solicitação de transferência é realizada.
Publicidade
Conteúdos e análises exclusivas para ajudar você a investir. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
No que se refere às chaves Pix, nada mudou: o número de celular, CPF, e-mail e chave aleatória seguem como as principais “senhas” da ferramenta. Também continua sendo possível pagar compras em comércios através de QR Codes.
Mudanças do Pix em 2024
No mês em que o Pix comemora quatro anos de existência, entraram em vigor novas regulamentações do BC, visando minimizar golpes e fraudes, além de facilitar o acesso ao crédito dos clientes das instituições financeiras.
Ao todo, são três novidades principais: limitações no uso de dispositivos não cadastrados nessa modalidade de transações, segurança na entrada e saída de recursos e verificação periódica de fraudes. No primeiro caso, os aparelhos que não estiverem cadastrados no Pix poderão transferir até R$ 200,00, desde que o limite diário não ultrapasse R$ 1.000,00. Vale lembrar que é possível alterar essa configuração quando o cliente, junto ao banco, confirmar a confiabilidade do dispositivo.
Em relação à segurança das movimentações financeiras, as instituições passarão a ter de necessariamente:
- utilizar solução de gerenciamento de risco de fraude que contemple as informações de segurança armazenadas no Banco Central e que seja capaz de identificar transações Pix atípicas ou não compatíveis com o perfil do cliente; e
- disponibilizar, em canal eletrônico de acesso amplo aos clientes, informações sobre os cuidados que os clientes devem ter para evitar fraudes.
A terceira obrigação adicionada é que os participantes devem verificar, pelo menos uma vez a cada seis meses, se seus clientes possuem marcações de fraude na base de dados do BC. Nesses casos, o banco ou corretora pode até mesmo finalizar o relacionamento ou entregar tratamento diferenciado para suspeitas de golpe. Todas as medidas entram em vigor nesta sexta-feira (1º).
Além disso, a partir desta data, passa a ser obrigatório o serviço do Pix agendado nas instituições financeiras. Como o próprio nome sugere, o recurso permite agendar pagamentos periódicos, como mensalidades, aluguel e doações, oferecendo maior praticidade para pessoas físicas e jurídicas que realizarão transferências periódicas.
Pix automático: a promessa de 2025
O Pix Automático, por sua vez, será disponibilizado para a população em 16 de junho de 2025. Seu objetivo é facilitar cobranças recorrentes, podendo ser utilizado como forma de recebimento por grande variedade de empresas, de diversos tamanhos e setores de atuação.
Entre elas, estão concessionárias de serviço público, escolas, faculdades, academias, condomínios, clubes sociais, planos de saúde, serviços de streamings, portais de notícias, clubes por assinatura e empresas do setor financeiro. Você confere mais sobre a novidade do Pix nesta matéria.
Publicidade