- O cheque especial é uma das linhas de crédito mais comuns utilizadas pela população
- De acordo com dados do Banco Central, o juros do rotativo do cheque especial chegou a 129,1% ao ano
- Enquanto a cobrança de juros no empréstimo consignado chega a uma média de 42,8% ao ano, no cheque especial podem alcançar 151,8% ao ano.
O cheque especial é uma das linhas de crédito mais comuns utilizadas pela população. Porém, em determinadas situações, as pessoas podem nem saber que estão utilizando esse recurso, uma vez que ele é um limite pré-aprovado pelo banco.
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Imagine, por exemplo, que você fez uma compra no débito de R$ 300, mas tinha apenas R$ 100 em sua conta. Caso seu limite do cheque especial seja R$ 400, sua conta mostrará um saldo negativo de R$ 200, já que você utilizou metade do crédito disponível no cheque especial.
O cheque especial, portanto, consiste em uma linha de crédito pré-aprovada pelo banco para dar uma maior maleabilidade ao usuário na hora de realizar suas compras, pois o limite fica ali disponível para usar sempre que o cliente do banco precisar.
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No entanto, essa facilidade de acesso e poucas informações sobre o cheque especial é onde mora o perigo. O valor dos juros dessa linha de crédito muda conforme a avaliação que os bancos fazem de cada cliente.
Ainda assim, o cheque especial é uma das linhas de crédito mais utilizadas pelas pessoas e pode ser um aliado, caso utilizado com cautela. Para isso, é preciso saber quais são os riscos desse empréstimo.
Perigos do cheque especial
De acordo com dados do Banco Central para março, o juros do rotativo do cheque especial chegou a 129,1% ao ano. Ou seja, caso a dívida não seja paga em um ano, ela mais do que dobrará, além de precisar arcar com uma multa do banco. O alto valor dos juros ocorre porque o banco cede esse crédito sem pedir nenhuma garantia.
Muitos bancos ainda oferecem um período no qual aquele limite disponível pode ser utilizado sem a aplicação de juros, mas ainda assim é necessário tomar cuidado ao utilizar linhas de crédito. Uma forma de controlar esse gasto é pedir para o banco um limite de crédito menor no cheque especial.
Esse perigo se torna ainda maior nos períodos em que a taxa de juros está alta, como o que estamos vivendo agora, uma vez que ela encarece qualquer tipo de crédito tomado pelo trabalhador. É preciso ficar atento, pois enquanto a cobrança de juros no empréstimo consignado chega a uma média de 42,8% ao ano, no cheque especial pode alcançar 151,8% ao ano.
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Mas essa situação já foi pior no Brasil. O Banco Central estabeleceu a taxa de juros – de 151,8% ao ano – como teto para o cheque especial apenas no início de 2020. Desde então, os bancos não podem cobrar taxas maiores que 8% ao mês para a modalidade. Antes disso, os juros do cheque especial chegavam perto de 350% ao ano.