- Private equity é um fundo que investe em uma seleção de empresas fechadas, não listadas em Bolsa
- Trata-se de um investimento de alto risco, mas também alto potencial de retorno
- O valor investido pode ficar travado por mais de dez anos
No mundo dos investimentos, várias são as possibilidades de alocação de dinheiro e retorno do valor investido. Entretanto, é preciso analisar os riscos e a rentabilidade da aplicação. Nesta matéria, você vai aprender todos esses pontos do private equity, investimento ainda restrito no mercado, mas que pode trazer bons retornos à sua carteira.
O que é um private equity?
O private equity é um fundo que investe em uma seleção de empresas fechadas, não listadas em Bolsa.
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“A equipe do fundo costuma participar de forma direta da gestão das empresas compradas, muitas vezes familiares, contribuindo para a evolução de sua governança e até preparando-as para uma nova fase, de abertura de capital”, afirma Luciana Seabra, analista financeira da Indê Investimentos.
Confira sua coluna completa sobre private equity nesta matéria.
Riscos do investimento
Como o investimento em private equity contempla empresas ainda não listadas na Bolsa, os estágios de transparência de informações e governança podem ser menores. Com isso, torna-se um investimento de alto risco – mais até do que ações.
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Além dos riscos, é necessário relembrar que os número de fundos de private equity com atuação no Brasil caíram de 54 para 29 entre os anos de 2012 e 2022, segundo o estudo Brazilian Private Equity Outlook, feito pelo Insper em parceria com a gestora Spectra.
Dentre as 29 private equities operantes no País, três estão no primeiro período de aplicação do fundo e sete não possuem blind pool risk, isto é, são fundos com metas de investimento declaradas. Já as dezenove restantes estão executando aplicações mais avançadas. Veja detalhes nesta matéria.
Pontecial de retorno do private equity
Um relatório produzido pela Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), em parceria com a TTR Data, mostrou que as gestoras de private equity injetaram cerca de R$ 5,4 bilhões em 29 operações entre janeiro e maio deste ano.
Segundo a empresa, os setores que mais receberam aportes nos primeiros cinco meses de 2024 foram serviços e produtos ao consumidor (27,6%), serviços financeiros (20,7%), tecnologia da informação (TI) (13,8%), serviços para negócios (10,3%), energia (10,3%), saúde (6,9%), indústria (6,9%) e mídia, entretenimento e serviços de informação (3,4%).
Os aportes em private equity apresentaram queda de 19,4%, em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram investidos R$ 6,7 bilhões em 36 operações.
Entretanto, o potencial de dispersão também se faz presente. “Mais do que para outros tipos de fundos, estamos falando de um segmento que tem os excelentes e os muito ruins. E, por isso, tão importante não sair investindo na primeira coisa que aparece na sua frente”, afirma Seabra.
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Vale destacar que o retorno financeiro pode durar, com frequência, mais de uma década. Por isso, a analista da Indê Investimentos recomenda investir somente o dinheiro de que não vai sentir falta nos próximos dez anos.