O que este conteúdo fez por você?
- 2020 ensinou a lição aos brasileiros: priorizar a saúde é fundamental
- Enquanto muitos continuam com suas rendas prejudicadas pela crise, os planos de saúde serão reajustados em 8,14%
- Especialistas recomendam buscar outras prestadoras dos serviço e tentar renegociar o novo valor
Se tem uma lição que o ano de 2020 ensinou para os brasileiros – e para o mundo – foi que cuidar da saúde é fundamental. A pandemia de covid-19 já deixou mais de 1,6 milhão de mortos e infectou mais de 75 milhões de pessoas ao redor do globo até o dia 18 de dezembro. Além da tragédia sanitária, a doença também deixou sérios impactos na economia e na renda da população.
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Por conta das medidas sociais impostas para tentar conter a covid-19, diversos estabelecimentos foram fechados e muitas pessoas ficaram desempregadas ou tiveram seus salários reduzidos durante o período. Segundo dados do IBGE, a taxa de desocupação ao final do terceiro trimestre de 2020 estava em 14,4%.
O governo criou o auxílio emergencial para amenizar a situação. Pago a mais de 68 milhões de brasileiros, somando mais de R$ 250 bilhões, o benefício teve cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300 de abril a dezembro. Paulo Guedes, ministro da Economia, já informou que este foi o último mês do auxílio.
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Nesta conjuntura, é provável que a grande maioria das pessoas tenha dificuldade de pagar seus planos de saúde em 2021. Para piorar, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou um reajuste anual de 8,14% na conta para os consumidores.
Dessa forma, esta que já é uma das contas que mais pesam no bolso ficará ainda mais cara. Uma pessoa que paga R$ 400 em seu plano, por exemplo, a partir do ano que vem terá que desembolsar o valor de R$ 432,56 para ficar em dia com o convênio médico.
“Eu considero isso um gasto essencial, pois com saúde não se brinca. Então, a pessoa não pode ficar inadimplente com essa conta”, diz Janser Rojo, planejador financeiro CFP pela Planejar.
Busque outros planos de saúde
Com o mundo cada vez mais digital, hoje há diversas healthtechs que prestam o serviço para além dos tradicionais convênios médicos. Então, o principal conselho para continuar pagando a conta em dia é buscar no mercado por outras empresas do setor.
“Há uma variedade de prestadores e tipos de planos que deve ser considerada. Cada um pode buscar aquele que faz mais sentido para o que precisa com o menor preço”, explica Rojo.
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Para os especialistas, mesmo quem não esteja com dificuldade de pagar a conta com o aumento, deveria pesquisar outras opções no mercado. Assim, a pessoa consegue aliviar ainda mais seu orçamento e otimizar seus gastos.
“É sempre importante revisar todos os contratos a cada um ou dois anos”, afirma Cláudio Ferro, educador financeiro e CEO do PoupaBrasil.
Negocie desconto no plano de saúde
Para quem não deseja trocar de convênio, os especialistas recomendam que tente negociar com a empresa o valor do reajuste. Por conta da pandemia, estas companhias estão mais abertas do que no passado a diminuir o valor da conta.
“Devido à crise, não há um cliente substituto. É melhor manter uma pessoa que paga menos do que perdê-la”, diz Ferro.
Segundo os especialistas, com conversa e argumentos, os consumidores têm boas chances de sucesso em uma negociação. “A pessoa deve usar o bom relacionamento com o fornecedor, explicar a situação e rever o aumento no contrato”, comenta Rojo, da Planejar.
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Ferro, porém, faz um alerta: a tentativa precisa ser feita o quanto antes, assim que se perceba a dificuldade em arcar com o pagamento. Quanto maior a inadimplência, menor o poder de convencimento.
“Em um momento normal as empresas não estavam abertas a isso, mas agora estão. Elas sabem que atualmente o acordo é vantajoso para os dois lados”, afirma o educador e CEO da PoupaBrasil.