Os títulos públicos do Tesouro Direto são considerados de baixo risco porque são lastreados pelo governo federal. (Foto: Rmcarvalhobsb em Adobe Stock)
Para o investidor que procura aplicações de maior segurança, o Tesouro Direto aparece entre os principais destaques, já que, de forma simples, aportar nos títulos públicos significa “emprestar” dinheiro ao governo. Em troca, ao término do contrato do investimento (vencimento), o investidor receberá o valor do aporte acrescido de um prêmio, os juros.
Os títulos públicos são considerados de baixo risco porque são lastreados pelo governo federal, isso significa que ele próprio assegura o seu pagamento. Além disso, as taxas cobradas nas transações de compra e venda do Tesouro Nacional também costumam ser menores do que as associadas aos fundos de investimento, que geralmente cobram taxas de administração e outras despesas operacionais. Isso resulta em retornos líquidos potencialmente mais altos para o investidor destes ativos de renda fixa.
Taxa de custódia da B3
A B3, responsável pela infraestrutura do mercado financeiro no Brasil, cobra uma taxa de custódia de 0,2% ao ano sobre o valor dos títulos públicos adquiridos pelos investidores. Essa taxa cobre os custos de manter as aplicações seguras e registradas. O cálculo é feito diariamente, a partir do dia seguinte à compra do título, e a cobrança é proporcional ao período em que o ativo permanece em posse do investidor.
Desde agosto de 2020, investimentos de até R$ 10 mil no Tesouro Selic estão isentos da taxa de custódia. Para valores que excedam esse limite, a cobrança será aplicada apenas sobre o montante excedente.
Taxa da instituição financeira
Além da taxa de custódia da B3, existe a taxa da instituição financeira utilizada para investir no Tesouro Direto. Ela é negociada diretamente com a instituição e pode variar, sendo geralmente cobrada de forma anual ou por operação.
Taxa anual: Cobrada no momento da compra, cobre o primeiro ano de aplicação. Caso o título seja vendido antes de completar um ano, o valor não será reembolsado. Para títulos com vencimento inferior a um ano, a taxa é proporcional ao prazo.
Após o primeiro ano: A taxa passa a ser acumulada diariamente e proporcional ao período de permanência do título na carteira.
A cobrança geralmente ocorre semestralmente (no primeiro dia útil de janeiro ou julho), desde que o valor acumulado ultrapasse R$ 10,00. Alternativamente, pode ser feita no momento do resgate do título ou no pagamento de juros.
Como as taxas são cobradas no Tesouro Direto
Eventos de custódia: No resgate do principal, no pagamento de juros ou em vendas antecipadas, as taxas acumuladas até o momento são cobradas.
Cobrança semestral: Sempre que a soma das taxas ultrapassar R$ 10,00, o valor será descontado no primeiro dia útil de janeiro ou julho.
O Tesouro Direto também oferece um ranking das taxas cobradas pelas instituições financeiras em seu site, ajudando o investidor a escolher a melhor opção para sua estratégia.