O que este conteúdo fez por você?
- O número de viagens internacionais voltou a crescer, e os gastos de brasileiros no exterior triplicaram nos dois primeiros meses de 2022 em comparação ao mesmo período do ano anterior
- A melhor moeda para viajar é a do local de destino, mas em economias mais fragilizadas o câmbio de dólar, euro ou real é mais recomendável
- O turista deve levar em consideração também outras formas de pagamento, como cartão, para ter mais segurança na viagem
Depois de muito tempo, está na hora de fazer as malas, escolher as melhores moedas estrangeiras para viajar e embarcar para o exterior!
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O turismo internacional voltou com toda a força no primeiro trimestre de 2022, com aumento de 182% no número de viagens em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com a Organização Mundial de Turismo (OMT).
A pandemia de covid-19 derrubou o número de viagens para fora do País, mas a tendência começa a se inverter.
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Os gastos de brasileiros no exterior caíram de US$ 17,5 bilhões em 2019 para US$ 5,25 bilhões em 2021, chegando ao nível mais baixo em 16 anos, segundo o Banco Central.
Em janeiro e fevereiro de 2022, os turistas do Brasil gastaram R$ 1,49 bilhão, três vezes mais que no mesmo período do ano anterior. Nesse cenário, qual é a melhor moeda para viagens no exterior? Saiba mais.
Quais moedas estrangeiras levar em viagem para o exterior?
As melhores moedas estrangeiras para viajar para o exterior dependem de diversos fatores. “É preciso considerar o país que é destino da viagem, o valor do câmbio e a quantidade de dinheiro”, recomenda Graziela Fortunato, especialista em finanças pessoais e coordenadora do Master in Business Administration (MBA) de Finanças Corporativas da Escola de Negócios (IAG) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
O ideal é ter em mãos a moeda local. Dessa forma, em viagens para os Estados Unidos, é imprescindível levar dólar; assim como para a União Europeia, euro; para a Inglaterra, libra; e para o Japão, iene.
No entanto, em países com a economia mais fraca, é interessante ter uma moeda mais forte para fazer câmbio — e até o real pode ser uma vantagem.
Qual moeda é melhor para viajar: dólar ou euro?
O dólar dos Estados Unidos é a moeda mundialmente mais aceita e pode ser utilizado praticamente em qualquer país. Algumas nações, inclusive, adotaram o dinheiro norte-americano como oficial, a exemplo de Equador, El Salvador e Timor-Leste.
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O turista deve ter cuidado na hora de comprar a melhor moeda para viajar, pois existem moedas com o nome de dólar em países como Canadá e Austrália, mas que não têm relação cambial com o dinheiro dos Estados Unidos e apresentam aceitação menor.
Para a Europa, o mais indicado é o euro, mas existem situações menos óbvias. “Se você for para Cuba, é melhor levar euro, pois o dólar lá é taxado a 10% a mais da cotação”, alerta Fortunato.
Países com moedas mais baratas que o real
Apesar da desvalorização do real em relação ao dólar e ao euro, o dinheiro do Brasil apresenta maior valor em diversos países, sobretudo na América Latina. A melhor moeda para viajar para a Argentina, o Uruguai e o Chile, portanto, é o real.
Para outros lugares, como Bolívia e Colômbia, é melhor levar dólar. “Apesar de a nossa moeda ser valorizada em relação a essas outras, há desconto extra de 10% a 15% no câmbio nesses países”, conta a especialista.
Mesmo com o pagamento de impostos e câmbio em dobro, na troca do real para o dólar e do dólar para a moeda local, pode valer mais a pena do que levar real.
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Até em locais onde o real é aceito, é importante ficar atento ao câmbio. Durante a viagem, o real pode desvalorizar, então optar por moedas mais fortes, como o dólar, é uma estratégia interessante para quem pretende passar períodos mais longos fora do Brasil.
Qual é a melhor forma de fazer câmbio para viajar?
Quando decidir viajar para o exterior, comprar a moeda adequada deve ser uma das principais preocupações do turista. “Planejar com antecedência e comprar aos poucos moedas fortes, como dólar, euro e libra, faz muita diferença”, afirma Fortunato.
Dessa maneira, é possível diminuir o risco das oscilações cambiais e reduzir o preço médio da moeda comprada.
No entanto, carregar dinheiro vivo na bagagem pode ser inseguro. Assim como nos investimentos, não é recomendável colocar todos os ovos na mesma cesta.
Usar cartões, tanto de crédito quanto de débito, mesmo com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6,38% e outras taxas, ou uma conta internacional, são formas de complementar os recursos da viagem com mais segurança.
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