Quanto rende o prêmio da Mega-Sena na poupança e no Tesouro Selic?

Por Gabriel Serpa

03/05/2024 | 8:44 Atualização: 03/05/2024 | 8:44

Quanto rende o prêmio da Mega-Sena na poupança? Foto: Envato Elements

O prêmio da Mega-Sena, acumulado em R$ 28 milhões, será sorteado neste sábado. Por ser a aplicação mais popular do País, a caderneta de poupança é sempre lembrada na hora de avaliar onde ‘guardar’ o dinheiro. Mas vale lembrar que essa é apenas uma opção entre muitas. Outros produtos de renda fixa podem satisfazer ainda mais a vontade do investidor de ver o montante aumentar. De fato, os retornos da poupança ficam muito aquém, quando comparados a outros investimentos seguros e previsíveis.

Isso se deve à forma como o rendimento da poupança é calculado: quando a taxa de juros (Selic) está acima de 8,5% ao ano (aa), o rendimento é de 0,5% ao mês (ou 6,17% aa), mais a Taxa Referencial (TR). Hoje, a taxa Selic está no patamar de 10,75% aa.

Para fins de simulação, se o prêmio da loteria, estimado em R$ 28 milhões, fosse aplicado à caderneta de poupança ao longo de 12 meses, o retorno ao investidor seria cerca de R$ 1,7 milhão, ao final da aplicação. Em números absolutos, a quantia pode encher os olhos de qualquer um. Mas basta comparar com outro produto de renda fixa comum no mercado para entender o problema da poupança.

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O Tesouro Selic é um título público garantido pelo governo brasileiro. Portanto, tido como um dos produtos mais seguros do mercado. Além do baixíssimo risco de calote, o Tesouro Selic é considerado um ativo de moderada previsibilidade. Ainda que ele esteja atrelado a uma taxa pós-fixada (a referência dos juros no País, a taxa Selic), existe margem de quanto ela deve variar ao longo do ano.

Fazendo a mesma simulação da poupança com o Tesouro Selic, os R$ 28 milhões da Mega-Sena, a uma taxa de 10,75% aa (valor atual), renderiam ao investidor pouco mais de R$ 2,4 milhões ao término do contrato de um ano da aplicação.

Vale lembrar que esse título está sujeito à incidência do Imposto de Renda (IR), de forma progressiva. Isto é, quanto mais tempo durar o contrato, menor será a alíquota do tributo — que vai de 27,5% (na cobrança máxima) a 15% (na taxação mínima).

Vale a recomendação: a busca por profissionais das finanças é indispensável antes de adquirir qualquer produto no mercado. Além de indicarem as melhores opções para cada tipo de investidor, profissionais capacitados tendem a reduzir os riscos desnecessários e as perdas.

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