- A primeira parcela do décimo terceiro salário é paga até o dia 30 de novembro. Especialistas recomendam que trabalhador use o dinheiro para quitar obrigações e fazer uma reserva financeira.
- Investimentos como Tesouro Selic e CDB oferecem liquidez e baixo risco; confira as simulações.
O fim do ano se aproxima, assim como um momento esperado por muitos trabalhadores: o pagamento do décimo terceiro salário. O dinheiro ajuda nas despesas da época de festas e nos gastos do início do ano, como pagamento de material escolar e IPVA. No entanto, especialistas recomendam que uma parte desse salário extra seja investida para garantir a saúde financeira da família ao longo do ano.
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O abono corresponde a um mês de salário e normalmente é pago em duas parcelas, sendo a primeira até o dia 30 de novembro e a segunda até dia 20 de dezembro. Vale lembrar que sobre a segunda parcela há o desconto de imposto de renda e de INSS.
Para quem ainda não tem uma reserva de emergência, esse é o momento de começar, afirma Gabriel Tossato da Silva, especialista de investimentos da Ágora. “A prioridade é o pagamento das obrigações financeiras e a liquidação de dívidas. Depois, se for possível, o trabalhador pode investir na sua reserva de emergência, optando por aplicações com baixo risco e liquidez diária”, afirma.
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O propósito dessa reserva é garantir uma fonte de recursos em caso de imprevistos, como a substituição de um eletrodoméstico, o conserto do carro ou uma reforma de emergência no imóvel. Por isso, as aplicações mais recomendadas são o Tesouro Selic e Certificados de Depósito Bancário (CDBs) que tenham liquidez diária, ou seja, que não tenham um prazo de resgate definido. Esses dois investimentos possuem desconto de imposto de renda.
Paula Sauer, professora da FIA Business School, ressalta que o ideal é que o trabalhador separe uma parte de todos os seus salários, e não apenas do 13º salário. Caso já possua uma reserva de emergência, o abono de fim de ano pode ser usado para começar um fundo com outro objetivo, seja para acúmulo de patrimônio, pensando na aposentadoria, ou ainda para geração de renda passiva, fazer uma viagem, comprar um imóvel etc.
Nesses casos, as aplicações podem ser um pouco mais arrojadas, dependendo do perfil de risco do investidor e do prazo dos objetivos. "Se o sujeito se sentir à vontade com a oscilação de preços, ou mesmo em reduzir a liquidez com o objetivo de buscar uma maior rentabilidade, a remuneração extra do 13º salário pode ser um bom momento para explorar outros tipos de ativos, sem ter que experimentar imputar risco com o recurso 'sagrado' do salário", afirma.
Antes de optar por investimentos mais arriscados, porém, vale a pena fazer as contas e avaliar se o risco compensa. Com a Selic ainda a patamares elevados, a renda fixa tem oferecido muitas vezes uma rentabilidade mais atrativa que a renda variável, pondera Silva, da Ágora.
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"O objetivo da renda fixa é oferecer proteção contra a inflação e baixa volatilidade para a reserva de emergência e investimentos mais conservadores, mas nos patamares o investidor tem conseguido um bom retorno, além da segurança", diz o especialista.