- O governo federal lança nesta terça-feira (1) o Tesouro Educa+, o novo título do Tesouro Nacional voltado para estimular as famílias a criar poupanças para financiar o estudo dos filhos nas universidades
- Esse tipo de investimento consiste em ‘emprestar’ seu dinheiro ao governo e recebê-lo após alguns anos, tal qual a renda fixa
- O valor mínimo de aplicação é de R$ 30, tal qual os demais títulos do Tesouro, e terá duração entre 3 e 18 anos
O governo federal vai lançar nesta terça-feira (1) o Tesouro Educa+, o novo título do Tesouro Nacional voltado para estimular as famílias a criar poupanças para financiar o estudo dos filhos nas universidades. Quer saber mais sobre esse investimento? O E-Investidor reuniu tudo que você precisa saber.
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Esse tipo de investimento consiste em ‘emprestar’ seu dinheiro ao governo federal e recebê-lo após alguns anos, tal qual a renda fixa. Nele, é possível saber exatamente quando receberá no futuro.
Cada título do Tesouro tem suas especificidades, como datas, rendimentos, destinações do dinheiro, entre outros. Em janeiro, por exemplo, o governo Federal criou o Tesouro Renda+, título voltado para complementar a renda dos aposentados.
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Para Rogério Ceron, economista e secretário do Tesouro, o novo título terá um viés de educação financeira para as famílias.
“O Tesouro Direto tem um objetivo muito mais de educação financeira. O meu desejo é atrair crianças para o programa, porque isso vai provocar na família a conscientização sobre o papel de poupar para financiar objetivos. Neste caso, um extremamente nobre, o futuro dos filhos”, diz.
Familiares e amigos estarão aptos a investir no mesmo papel criado para a criança. A partir de outubro, o título também ganhará novas funcionalidades.
Como funciona o Tesouro Educa+?
Para comprar o Tesouro Educa+ é necessário, primeiramente, se cadastrar no Tesouro Direto. É possível comprar os títulos através da própria plataforma do Tesouro ou por meio de corretoras.
O título será corrigido pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ou seja, o dinheiro não perderá seu valor com o tempo. Além disso, serão pagas amortizações em parcelas mensais iguais, também corrigidas pela inflação, durante cinco anos (ou 60 meses), a partir da data escolhida pelos responsáveis.
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O valor mínimo de aplicação é de R$ 30, tal qual os demais títulos do Tesouro, e terá duração entre 3 e 18 anos. O investidor receberá fluxos mensais recorrentes sempre a partir de 15 de janeiro do ano escolhido.
O investimento contará com 16 títulos, com a primeira data de recebimento em 2026 e a cada ano subsequente. Os responsáveis também poderão simular quando e quanto irão receber do investimento.
Também não haverá taxa de custódia para quem receber o equivalente a até quatro salários mínimos no fluxo de pagamentos mensais futuros e para quem carregar o título até o vencimento. Para quem passa desse valor, será cobrada uma taxa de 0,10% ao ano sobre o excedente.
E se eu precisar vender o título?
O investidor poderá vender o título a partir de 60 dias após a compra. No entanto, caso ele venda antes do período estipulado, será cobrada taxa de custódia. O valor varia de acordo com a retenção do investimento. Confira:
- 0 a 7 anos: 0,50% (a.a.);
- 7 a 14 anos: 0,20% (a.a.);
- Acima de 14 anos: 0,10% (a.a.).
Quanto dinheiro precisará ser investido?
Para saber quanto será necessário investir, basta entrar na plataforma do Tesouro Direto, colocar a idade atual do filho, com quantos anos ele deve ingressar na faculdade no futuro e qual valor você pretende receber após o período de acumulação. Depois, a plataforma mostra quantos aportes precisarão ser feitos para que esse valor seja resgatado.
O Tesouro estimou que, para que um jovem tenha uma renda mensal de R$ 500 durante 5 anos, através do Educa+, a família precisaria investir R$ 81 por mês durante 18 anos (começando a investir quando o filho tiver menos de 1 ano); e R$ 164 por mês durante 11 anos (começando a investir quando o filho já tiver 7 anos).
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