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TIMS3: saiba o que considerar ao investir nos papéis da companhia

A ação TIMS3 tem uma perspectiva de crescimento de 80%, mas o investidor precisará ter paciência

TIMS3: saiba o que considerar ao investir nos papéis da companhia
(Fonte: Shutterstock)
O que este conteúdo fez por você?
  • A empresa TIM apresentou um crescimento de 155% no lucro líquido em relação ao ano passado. O montante foi de R$681 milhões
  • O Bank of America estipula o preço-alvo da ação a longo do prazo 80% acima do atual (R$11,50) e renovou a recomendação de compra
  • A opção é interessante, mas os investidores precisam ficar atentos à capacidade da empresa para efetivar uma boa posição no mercado de fibra óptica e do 5G

(Por Carlos Pegurski, especial para o E-Investidor) O setor de telecomunicações mudou muito nos últimos 20 anos, por isso sobreviveram as empresas com melhor capacidade de adaptação e inovação. Mas, se o desafio anterior era expandir a rede de serviços para novos clientes, hoje o mercado disputa entre si. Então, o que fazer para se diferenciar?

Qualidade: esta é a aposta da TIM, que apresentou um novo balanço trimestral no último mês de julho. Os resultados do 2T2021 apontam para uma consolidação de tendências de crescimento da empresa, pioneira em promoções de pré e pós-pagos e que deseja ser conhecida também pela consistência do serviço.

Mas como será o futuro da companhia? Isso será suficiente para diferenciá-la das concorrentes? Afinal, você deve incluí-la na sua carteira de investimentos?

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Conheça o setor de telecomunicação, confira mais sobre a empresa e entenda o que esperar da TIM a curto e longo prazo. E vale mesmo a pena ficar atento: o Bank of America estipula o preço-alvo da ação 80% acima do atual (R$ 11,50) e renovou a recomendação de compra!

Telecomunicações: um setor em transformação

Cada vez mais, os smartphones deixam de ser apenas telefones e passaram a criar novas dinâmicas de informação e comunicação. (Fonte: Nelson Antoine/Shutterstock)

Graças à expansão dos serviços digitais e à melhoria da conexão, a telefonia se tornou apenas uma entre diversas outras formas de comunicação. Isso pode ser sentido na evolução dos smartphones, cada vez mais plurais, no crescimento das plataformas de streaming e na centralidade que as redes sociais ganharam.

Por isso, as operadoras de telefone precisaram diversificar seus serviços para se manter no mercado. Hoje, muito mais que torres de telefonia, elas precisam oferecer um 4G de qualidade e, em breve, 5G, já que o Brasil tem planos de distribuir essa tecnologia em todo o território nacional até 2029. Veja o calendário:

  • Até julho de 2025, atingir todos os municípios com mais de 500 mil habitantes.
  • Até julho de 2026, atingir todos os municípios com mais de 200 mil habitantes.
  • Até julho de 2027, atingir todos os municípios com mais de 100 mil habitantes.
  • Até dezembro de 2029, atingir todos os municípios brasileiros.

É verdade que o 5G é mais esperado pela indústria, que já tem planos de modernizar e automatizar atividades, do que pelo usuário comum. Mas a nova geração de rede móvel também fará diferença no uso cotidiano. Um exemplo são os vídeos. Tudo indica que você poderá ver sua série preferida enquanto aguarda seu médico sem que o serviço trave e consuma seus dados rapidamente.

Outro elemento que aponta para esse impacto é que, em meio a pandemia, o uso de telefonia cresceu apenas 1,1%, enquanto o uso de internet cresceu 100% no País. Assim, 5G e fibra óptica são os carros-chefes desta década.

Os planos da TIM

Liderança do setor de telecomunicações exige acompanhar a velocidade de implantação do 5G. (Fonte: Rafapress/Shutterstock)

Braço da Telecom Itália, a TIM tem mais de vinte anos de experiência no Brasil. A operadora foi a primeira telefônica do mercado a apostar em novos formatos de ofertas, como a tarifação por dia de uso dos seus serviços e faturas mensais via cartão de crédito.

Sua entrada na bolsa ocorreu em 2011. O IPO (oferta pública inicial das ações) não era considerado necessário, já que a empresa tinha boa saúde financeira e baixo endividamento. Mas o retorno foi expressivo: foram emitidas mais de duzentos milhões de ações ordinárias a um preço de R$ 8,60, somando R$ 1.722.221.964,80.

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Apenas um ano depois, a empresa alcançaria a liderança do segmento pré-pago e adquiriria a frequência de 4G, em leilão realizado pela Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel).

Desde então, a operadora tem apontado a liderança no segmento em cenários importantes: primeira rede comercial de Internet das Coisas (IoT), projetos-piloto de 5G e entrada no índice Novo Mercado da B3, que reúne as companhias com as melhores práticas de governança (deixando para trás os escândalos de fraude noticiados em 2009).

Recentemente, a TIM anunciou uma parceria com a Aesapar, subsidiária da Cogna, para oferecer cursos online sob a marca Ampli. O convênio prevê 250 cursos de graduação e pós-graduação, além de 400 cursos de extensão, ou seja, o telefone é apenas mais uma das formas de comunicação na qual a empresa aposta.

Afinal, vale a pena comprar TIMS3?

A TIM demonstra ser capaz de se consolidar na liderança das telecomunicações, mas o investidor precisará ser paciente. (Fonte: Casimiro PT/Shutterstock)

A TIM é uma empresa consolidada, com um bom histórico de adaptação às transformações do mercado. A capacidade de se posicionar bem em um mercado muito concorrido e os recursos físicos existentes são elementos importantes. E, do ponto de vista financeiro, a operadora continua com boa saúde: tem baixo endividamento, com ótima margem operacional.

Por isso, a TIM (TIMS3) é uma opção interessante, mas vale a pena ficar atento à capacidade que a companhia apresentará nos próximos meses e anos de se adaptar a dois pontos principais: efetivar uma boa posição no mercado de fibra óptica e do 5G.

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Ao olhar o histórico da empresa, há bons motivos para crer que ela atravessará bem mais essa prova de fogo. Mas o fato de se tratar de uma tarefa de longo prazo e o fortalecimento da concorrência (na última semana de julho, a Unifique fez seu IPO com o objetivo de captar R$ 1 bilhão e liderar a fibra ótica na região Sul) exigem paciência para o retorno.

Prova disso é que as ações não sofreram abalo com o resultado do 2T2021, em que a empresa demonstrou um crescimento de 155% no lucro líquido em relação ao ano passado. O montante de R$ 681 milhões, o dobro da previsão dos especialistas do setor, não foi capaz de mover os papéis da casa dos R$ 11.

A boa notícia é que, para o Bank of America, as ações TIMS3 tendem a se valorizar até 80% a longo prazo. O preço-alvo dos títulos são de R$ 21, segundo a financeira, que recomenda a compra dos papéis. Portanto, se você deseja ter a TIM na sua carteira, aproveitar o preço atual pode ser uma boa ideia.

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