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Educação Financeira

Tudo o que você precisa saber sobre dinheiro esquecido

Estimativa do Banco Central do Brasil é que os brasileiros tenham cerca de R$ 8 bilhões a receber

Tudo o que você precisa saber sobre dinheiro esquecido
Maioria dos brasileiros com dinheiro esquecido tem menos de R$ 1 na conta.
  • O Banco Central liberou a consulta para que pessoas e empresas verifiquem se têm algum valor a receber
  • A maioria das pessoas físicas (do total de 13,8 milhões de CPFs) com valores a receber tem menos de R$ 1 a ser resgatado

Um dos assuntos mais comentados no primeiro trimestre de 2022 é o “dinheiro esquecido” nos bancos. Em fevereiro, o Banco Central do Brasil (BC) liberou a consulta para que pessoas e empresas verificassem se tinham algum valor a receber.

Desde 7 de março, o dinheiro esquecido começou a ser devolvido, seguindo o agendamento que considera o ano de nascimento da pessoa ou da criação da companhia. Mas, afinal, o que é o dinheiro esquecido? O que compõe os valores parados nos caixas?

Dinheiro esquecido pode ser decorrente de contas-correntes ou poupanças encerradas. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

De acordo com Luciana Maia Campos Machado, superintendente acadêmica, professora de finanças da Faculdade FIPECAFI e doutora em Administração de Empresas, o dinheiro esquecido pode vir de contas-correntes ou poupanças encerradas que tenham saldo disponível, tarifas cobradas de forma indevida, parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito e recursos não procurados de grupos de consórcios encerrados.

Como saber se tenho dinheiro esquecido?

Para saber se você tem ou não algo a receber, basta acessar o site Valores a Receber, do Banco Central, informar o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e a data de nascimento ou da abertura de empresa. O sistema informará o dia e o período para solicitar o resgate do saldo, quando houver. Para dar andamento no processo, é preciso estar cadastrado na plataforma gov.br, do governo federal.

E se a pessoa com dinheiro esquecido já tiver falecido?

Outra dúvida entre os brasileiros sobre o dinheiro esquecido é o que fazer se a pessoa com valores a receber tiver falecido. “Herdeiros de contribuintes falecidos poderão resgatar”, afirmou Salomão.

O BC ainda divulgará os procedimentos para que terceiros autorizados possam requerer o valor, porém já é possível consultar se a pessoa falecida tem algum valor parado.

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Segundo a especialista, situações que envolvem questões legais específicas no caso de falecidos serão tratadas na próxima fase do sistema “Valores a Receber”. A data de início dessa etapa ainda não foi divulgada pelo Banco Central.

Só tenho centavos a receber. É isso mesmo?

A maioria das pessoas físicas com valores a receber tem menos de R$ 1 a ser resgatado. (Fonte: autor da imagem/Shutterstock)

A estimativa divulgada pelo Banco Central é que os brasileiros tenham cerca de R$ 8 bilhões a receber. Contudo, muitas pessoas estão reclamando que têm apenas centavos esquecidos. Nos últimos dias, o BC informou que a maioria das pessoas físicas (um total de 13,8 milhões de CPFs) com valores a receber têm menos de R$ 1 a ser resgatado.

“Dos 32,3 milhões de CPFs totais com dinheiro esquecido, apenas 1,3 mil CPFs têm mais de R$ 100 mil para resgate”, disse Salomão. Ainda conforme a professora, 90,4% das pessoas têm até R$ 100 para receber, enquanto 43% têm somente R$ 1 disponível.

Cuidado para não cair em golpes

O site vaoresareceber.bcb.gov.br é o único endereço para consulta e solicitação dos valores esquecidos em instituições financeiras. Não acesse links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp, Telegram ou outras redes sociais.

O Banco Central não envia links, não entra em contato com as pessoas para tratar dos valores esquecidos nem solicita dados pessoais. Também não é preciso fazer qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores.

Fonte: Luciana Maia Campos Machado, superintendente acadêmica, professora de finanças da Faculdade FIPECAFI e doutora em Administração de Empresas.

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