Educação Financeira

Portabilidade do vale-alimentação: 7 dicas para turbinar o benefício no mês

Valor do benefício varia de acordo com empresa e cargo do trabalhador

Portabilidade do vale-alimentação: 7 dicas para turbinar o benefício no mês
Mercado de benefícios de vale-alimentação e vale-refeição movimenta cerca de R$ 150 bilhões por ano no Brasil. Crédito: rawpixel.com

Um dos benefícios mais populares entre os trabalhadores é o vale-refeição. Não é difícil encontrar empresas que, em troca de incentivos fiscais, aderem ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e oferecem a seus funcionários a possibilidade de receberem parte de seu salário na forma do benefício.

A partir do dia 31 de dezembro de 2024, porém, os brasileiros poderão escolher trocar o cartão que recebeu da empresa empregadora por outra bandeira. A Medida Provisória (MP) foi discutida pela Comissão Mista do Congresso nesta semana. A portabilidade do vale-alimentação e refeição segue agora para votação do plenário da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

O valor do benefício varia de acordo com empresa e cargo, e nem sempre é possível cobrir todos os gastos mensais com alimentação apenas usando o cartão de vale-refeição. Pensando nisso, o E-Investidor recolheu dicas com educadores financeiros para orientar os trabalhadores para que não falte, ou até sobre, saldo no fim do mês.

Vale destacar que o vale-refeição (VR) e vale-alimentação (VA) são benefícios distintos. O VR é direcionado para cobrir despesas com alimentos prontos, em restaurantes e estabelecimentos onde, normalmente, o beneficiário faz suas refeições no intervalo do trabalho. Já o VA é destinado para compras em supermercados e na aquisição de itens que serão levados para serem preparados em casa.

Perfil e hábitos

Uma das considerações a serem feitas na hora de optar ou não pelo benefício é relativa a hábitos de consumo e perfil de cada trabalhador. Aqueles mais disciplinados podem abrir mão do VR e optar pela flexibilidade para se planejar financeiramente mês a mês. Mas aderir ao benefício pode ser uma saída vantajosa para pessoas mais “gastonas”, uma vez que o vale-refeição ajuda a delimitar as despesas diárias com comida.

Fazer o cálculo

Não leva mais que poucos minutos para dividir o valor mensal do VR pelo número de dias trabalhados no mês (via de regra, são 22) e descobrir quanto dá para gastar com cada refeição. Essa é uma forma de “controlar as despesas e evitar ficar sem saldo no fim do mês”, explica Carol Stange, educadora financeira e especialista em investimentos. Acompanhar o saldo também ajuda, mas pode ser menos preciso e mais confuso depender apenas da memória na hora de olhar o cardápio e fazer o pedido.

Pesquisar e evitar desperdícios

Vale a pena ficar atento a descontos oferecidos em certos dias para este ou aquele prato. Outra dica é optar pelo famoso prato feito (PF) em que o consumidor já sabe de antemão quanto vai gastar , em vez de estabelecimentos “por quilo” onde é mais difícil antever o preço final da refeição.

Atenção à bebida

Pode não parecer, mas a bebida é muitas vezes um dos vilões nos gastos com alimentação. Mariana Cerone, Gerente de Consumidor na Pluxee Brasil, explica que “o preço desse tipo de produto costuma ser bem elevado nos restaurantes”. Aline Soaper, educadora financeira e fundadora do Instituto Soaper de Treinamentos de Desenvolvimento Profissional e Pessoal sugere ao consumidor “economizar na bebida para fazer o valor durar por mais dias”.

Lanche entre refeições

Não ir ao restaurante com o estômago vazio é outra estratégia para manter os gastos com alimentação dentro do orçamento. “Com o estômago forrado é mais fácil colocar no prato o necessário, sem desperdícios”, recomenda Mariana Cerone. Além disso, optar por mais saladas em estabelecimentos “por quilo” pode evitar sustos na hora de pesar e pagar pela refeição.

“Vender” o VR? Nem pensar

A prática de “vender” o vale-refeição é mais comum do que se imagina. Ela consiste em transferir o saldo disponível no cartão em troca do dinheiro vivo. “É proibido por lei e pode levar à perda do benefício”, lembra Aline Soaper. Para além das consequências disciplinares, vender o benefício não é vantajoso nem do ponto de vista financeiro: “normalmente ocorre deságio no valor negociado”, alerta Carol Stange.

Saldos que expiram

Economizar não é o mesmo que acumular os saldos de maneira indefinida. É preciso ficar atento para os prazos que cada empresa estipula para o uso das quantias disponibilizadas todo mês. Aqui, vale uma ênfase à disciplina: utilizar com frequência, sem cometer exageros e sem correr o risco de ver o saldo do cartão expirar por falta de uso.

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