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3 investimentos atrelados ao dólar para você investir

Para quem quiser aproveitar a alta da moeda, existem opções em renda variável e renda fixa para investir

3 investimentos atrelados ao dólar para você investir
Imagem: Adobe Stock

dólar atingiu o maior patamar desde março de 2023 nesta terça-feira (16), chegando ao patamar de R$ 5,28. Às 17h07, a moeda norte-americana à vista subia 1,64%, cotada a R$ 5,26. Somente neste mês, a valorização do dólar é de 5%, enquanto no acumulado de 2024, o salto corresponde a mais de 8% sobre o real.

As principais variáveis do dólar atualmente envolvem a escalada da guerra Entre Israel e o grupo Hamas no Oriente Médio, os juros dos EUA que demoram a cair e as discussões sobre a situação fiscal do Brasil.

A moeda norte-americana é considerada uma reserva de valor que não depende das condições da economia brasileira. Quando há riscos na economia global, ele pode ser um refugio para os investidores.

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“Ao invés de investir nas bolsas de valores, que são suscetíveis à maiores quedas diante de um conflito armado, por exemplo, espera-se que o dólar não caia tanto e tenha uma referência mundial melhor do que as ações, que são transacionadas no mercado nacional”, afirma Pedro Afonso Gomes, Presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP).

Segundo o Bora Investir, portal da B3 (B3SA3), os investimentos em dólar podem potencializar os retornos e atender a diversos tipos de perfis de investidor. Para quem quiser aproveitar esse momento de alta da moeda, existem possibilidades de investimentos em renda variável e renda fixa em vários segmentos. Confira algumas opções:

Real Estate Investment Trusts (REITs)

Uma das opções em renda variável são os REITs, sigla para Real Estate Investment Trusts. Estes são ativos imobiliários, assim como os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) no Brasil. Eles se diferenciam dos fundos porque funcionam como empresas, precisando, assim ter um conselho de administração e um CEO.

Esses ativos podem se alavancar via crédito bancário e distribuem 90% de seu caixa aos investidores. Vale lembrar que, nos EUA, os dividendos são tributados. No país, o rendimento (yield) é menor e a maioria dos fundos remuneram a cada três meses. O mais comum é encontrar REITs que pagam dividendos trimestralmente, mas também é possível encontrar opções que paguem mensal e semestralmente.

Você pode ler mais sobre os REITs e as diferenças em comparação aos FIIs nesta reportagem.

Ações listadas nos EUA

Para quem quem busca exposição ao dólar, a compra de ações de empresas listadas na bolsa dos EUA pode ser uma boa opção.

Conforme afirmaram analistas da Empiricus Gestão nesta reportagem, empresas de tecnologia apresentam inovação e são boas oportunidades para lucrar. Para João Piccioni, a Amazon (AMZN) e a Meta (META) são as melhores big techs para o investidor ter em sua carteira, tanto sob a ótica do desempenho corporativo quanto sob a ótica de crescimento.

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Já Sidney Lima, da Ouro Preto Investimentos, recomenda compra das ações da Apple (AAPL), já que a empresa possui um histórico de “forte retorno financeiro” para os seus acionistas.

Lima também cita a dona do Google, a Alphabet (GOOGL). Segundo ele, esta é uma das companhias mais influentes em tecnologia e publicidade digital, com diversificação de negócios e crescimento constante, o que torna o papel uma opção interessante.

Treasuries e bonds corporativos

No mercado dos EUA, o investidor tem a opção de investir em títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) ou bonds corporativos (título de renda fixa negociado no exterior).

Segundo informações da B3, os Treasuries funcionam como os títulos do Tesouro Direto brasileiro, em que o investidor empresta dinheiro para o governo. Os juros que esse título remunera, também chamado de cupons, são pagos semestralmente.

Já nos bonds corporativos, existem diferentes prazos para pagamento, dependendo do título e do emissor.