O que este conteúdo fez por você?
- Os índices de Bolsa nos Estados Unidos tiveram um ano de valorização forte em 2024; e esse pode ter sido apenas o início de um movimento maior
- Para a gestora Janus Henderson, a promessa de um ambiente mais favorável a negócios com Trump e a queda de juros devem favorecer o investimento em ações
- Com valuations ainda atrativos, 2025 pode ser um ano de boas oportunidades aos investidores
O desempenho ruim do mercado de ações brasileiro em 2024 não reflete o que aconteceu lá fora. Os índices de Bolsa nos Estados Unidos tiveram um ano de valorização forte, chegando a romper patamares históricos. E esse pode ter sido apenas o início de um movimento maior.
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Para Marc Pinto, chefe de mercado de ações para as Américas, e Lucas Klein, diretor de mercado de ações para EMEA e Ásia-Pacífico da Janus Henderson, 2025 pode trazer boas notícias para investidores. O S&P 500 e a Nasdaq já vinham de altas em anos anteriores, mas foi em 2024 que os ganhos começaram a se espalhar para além das Sete Magníficas – nome dado às empresas de tecnologia Apple, Microsoft, Amazon, Alphabet (Google), Tesla, Meta (Facebook) e Nvidia, que viveram um verdadeiro boom nos últimos tempos.
Em relatório compartilhado com o E-Investidor em primeira mão, os especialistas da gestora global destacam que a visão ponderada do S&P 500 (EW), que possui peso igual para todos os papéis da carteira, já superou o desempenho do próprio índice. Isso indica que não são mais as big techs que estão carregando sozinhas o bom desempenho dos mercados acionários dos EUA. As small caps americanas também subiram mais de 13% desde julho.
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“O domínio das Sete Magníficas no índice S&P 500 significa que muitas outras áreas do mercado de ações agora são negociadas com preços mais baixos”, destacam. “Avaliações atraentes, juntamente com o potencial de flexibilização de taxas de juros e forte crescimento de lucros, podem gerar novas oportunidades de retorno para investidores em 2025.”
2025 começa com mudanças nos mercados globais, especialmente nos EUA. O republicano Donald Trump toma posse como presidente do país no próximo dia 20, depois de uma campanha eleitoral que, desde o último ano, fez aumentar as expectativas de investidores por um ambiente mais favorável aos negócios. Na outra ponta, o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, deve continuar a cortar juros por lá, ainda que as previsões para os corte tenham diminuído.
Small Caps podem ter desempenho superior
Esse contexto pode beneficiar especificamente um grupo de ações: as small caps. “Historicamente, empresas de pequeno e médio porte tendem a ter desempenho superior durante períodos de taxas de juros em declínio, já que essas empresas geralmente têm balanços alavancados e, portanto, se beneficiam de menores despesas com juros, aumentando os lucros”, explicam Pinto e Klein. “Custos reduzidos de empréstimos também podem estimular fusões e aquisições ou ajudar a minimizar preocupações sobre a liquidez da empresa.”
Os especialistas chamam a atenção ainda para mercados fora dos EUA, que estão “profundamente descontados” em relação às ações americanas devido a crescimento mais lento em outras economias. “A eleição presidencial dos EUA levanta incertezas para os mercados globais, particularmente no que se refere à possibilidade de tarifas punitivas e ao fortalecimento do dólar. Mas também vale lembrar que, a cada ano, na última década, uma média de 82 das 100 ações com melhor desempenho no Índice MSCI All Country World estavam domiciliadas fora dos EUA”, diz a Janus Henderson.