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Tesouro Direto: Ágora recomenda 60% em tesouro IPCA 2026

No Brasil, a perspectiva é de que o quadro inflacionário continuará em tendência de alta

Tesouro Direto: Ágora recomenda 60% em tesouro IPCA 2026
Aplicativo do Tesouro Direto. Foto: Shutterstock/Brenda Rocha - Blossom/Reprodução
  • A parcela grande em Tesouro IPCA é justificada em elementos dos cenários doméstico e internacional.
  • "Nossa sugestão é manter o título até o vencimento, sendo que se não for essa a estratégia de investimento, a alocação somente em Tesouro Selic deve ser analisada", escrevem os analistas.

(Estadão Conteúdo) – Uma carteira com 60% de títulos indexados à inflação e 40% de pós-fixados. Essa é a recomendação para o Tesouro Direto do Bradesco BBI e da Ágora Investimentos para os próximos 30 dias.

A parcela grande em Tesouro IPCA é justificada em elementos dos cenários doméstico e internacional. No Brasil, a perspectiva é de que o “quadro inflacionário continuará em tendência de alta e resultará no aumento da estimativa de inflação para 2022, com isso os juros deverão encerrar 2021 em 7,5%”, segundo relatório da Ágora e do BBI.

Assim como agentes econômicos passaram a vocalizar fortemente nos últimos dias, os analistas destacam uma preocupação com o “quadro fiscal e político que puxou para cima os prêmios da parte intermediária e longa da curva que voltaram a patamares vistos no início da crise do covid. “Só devemos ver um movimento de queda com reformas fiscais que permitam o governo a cumprir o teto dos gastos”, afirmam os analistas.

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Já no exterior, o que se vê é um aumento das preocupações com a variante delta que tendem a impactar os prognósticos de recuperação econômica global e dos Estados Unidos. “[Na economia americana, a autoridade monetária deve] manter os estímulos monetários por mais tempo, a não ser que dados de inflação e atividade surpreendam demasiadamente”, diz o relatório.

A Carteira Recomendada do Tesouro Direto para os próximos 30 dias do BBI e da Ágora traz 60% em títulos indexados à inflação com vencimento em 2026. “É o mais curto disponível para compra. Assim o investidor se protege da inflação no médio prazo e ainda obtém um juro real próximo de 4,5%”, “, diz o relatório. Os outros 40% deve ser alocados em Tesouro Selic, título indexado à variação da Selic, segundo a recomendação do BBI e da Ágora. “Nossa sugestão é manter o título até o vencimento, sendo que se não for essa a estratégia de investimento, a alocação somente em Tesouro Selic deve ser analisada”, escrevem os analistas.

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