É muito difícil a indústria de fundos se preparar para um eventual novo “caso Americanas”. “Foi um caso totalmente atípico” disse Carlos André, presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em almoço com a imprensa nesta terça-feira.
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Ele observou que, até a revelação do rombo bilionário, a empresa era classificada como saudável financeiramente.
“Mas podemos dizer que a indústria reagiu com maturidade”, disse André, argumentando que uma parcela pequena tinha exposição à dívida da empresa. “Apenas 1.126 fundos dos cerca de 28 mil existentes estavam expostos a Americanas, num total de R$ 8,5 bilhões”, disse.
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Para o investidor, André destacou que a marcação a mercado ajuda a dar transparência sobre a situação das carteiras de crédito privado. “É o principal instrumento para dar a transparência para o investidor”, disse.
Ele defendeu que nenhum empresa da indústria de fundos tinha uma exposição indevida ao papel da Americanas. “Tudo é divulgado nos documentos obrigatórios”, disse.
Carlos André também afirmou que o investidor pode estudar oportunidades para investir no momento em ativos de crédito privado. “Os spreads estão um pouco mais altos agora. Então pode ser uma oportunidade para entrar”, disse.