A expressão “cash is king”, que se refere à importância de se manter caixa e liquidez, costuma voltar à tona em momentos de incerteza e estresse, como o observado com os atos de grupos radicais em Brasília. Na Legend Investimentos, escritório parceiro do BTG, a frase em inglês foi destacada na segunda-feira (9), no que diz respeito à estratégia para o cenário atual. Outra estratégia mencionada foi a de ter uma parcela do portfólio fora do país.
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“A grande frase da vez é o ‘cash is king’. Estamos com DI a 14%, inflação razoavelmente controlada, e estamos com uma instabilidade. Para quê o investidor vai fazer grandes experimentos neste momento? Não digo nem para esperar os gestores começarem a se posicionar. Melhor esperar resolver as incertezas e inseguranças”, afirma Pedro Salles, diretor executivo da Legend.
Segundo Salles, para o investidor que está mirando o longo prazo, “pouco vai importar se a gente ‘acertar um cavalo’ agora tomando risco”. “Tomar risco e fazer call tático para o cliente agora nos parece imprudente. O certo é ter tranquilidade e esperar o macro se resolver”, reforça.
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Outro ponto mencionado por Salles é a importância de ter um portfólio dolarizado. Na Legend, os clientes costumam ter entre 10% e 30% da carteira com exposição ao exterior, uma “educação” que os bankers da casa já eram orientados a aplicar independentemente do nível de câmbio ou dos rumos da política brasileira, dada a volatilidade do mercado local, diz o presidente executivo.
De modo geral, Salles conta que os atos de grupos radicais ontem não espantaram os clientes da Legend. “A gente já esperava que algo poderia acontecer do lado do Bolsonaro. Não tão sério, obviamente. Mas já vínhamos fazendo uma educação com os clientes para que soubessem que teria conflito, principalmente nessa troca de mandato”, afirma Salles. “Mas por mais que a gente fique aflito, o driver é ter uma carteira equilibrada”, acrescenta.
