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Os 10 BDRs recomendados pelo Banco Inter para novembro de 2020

Seleção foi feita pelo Banco Inter a partir de análises setorial e fundamentalista

Os 10 BDRs recomendados pelo Banco Inter para novembro de 2020
Logo da Amazon (REUTERS/Pascal Rossignol)
  • Desde o dia 22 de outubro, qualquer investidor pessoa física pode comprar BDRs, que antes eram restritos a investidores qualificados
  • Com a novidade, abre-se um mercado de cerca de 600 recibos de empresas de 23 países, algumas em setores pouco presentes na Bolsa brasileira
  • O Banco Inter selecionou 10 BDRs para sua carteira recomendada para o mês de novembro

Desde o dia 22 de outubro, qualquer investidor pessoa física pode negociar BDRs (Brazilian Depositary Receipts). Até então, somente investidores qualificados tinham acesso ao ativo que espelha ações, índices e títulos de dívida estrangeiros (e, portanto, tem os mesmos riscos inerentes à renda variável).

Com a novidade, abre-se aos brasileiros um mercado de cerca de 600 recibos de empresas de 23 países, incluindo setores pouco explorados no Brasil, como entretenimento e tecnologia, sem a necessidade de abrir uma conta no exterior.

Diante de uma oferta tão diversificada, por onde começar? Para ajudar seus clientes a se orientarem, o Banco Inter elaborou uma seleção de papéis que, no seu entender, entregam uma boa relação risco-retorno. A partir de uma primeira pré-seleção de 30 BDRs, o banco chegou a uma recomendação de 10 papéis para o mês de novembro de 2020. Vaja quais são eles.

Amazon (AMZO34) – Varejo on-line, R$ 9.050

“A varejista eletrônica sediada em Seattle (EUA) vem apresentando crescimento robusto de receitas, ano a ano, alavancado pela pandemia, o que reverte em forte remuneração aos acionistas. A ascensão do e-commerce, a disponibilização de diversos produtos em uma única plataforma e sua capacidade de entrega em até 1 dia ajudam a empresa a liderar o segmento. Em 2020, suas ações já avançam mais de 70%.”

JP Morgan (JPMC34) – Bancos, R$ 293

“Fundada em 1799 e com sede em Nova York (EUA), a empresa global de serviços financeiros vem entregando resultados consistentes. Em 2020, as ações da companhia caíram 28,6%, abaladas pelos juros globais mais baixos e por temores de aumentos nas provisões para créditos duvidosos. Porém, mesmo afetado pela pandemia, como todo o setor, o JP mostrou certa evolução no terceiro trimestre de 2020 e o mesmo Retorno Sobre Patrimônio Líquido do 3Q19 (15%).”

Johnson & Johnson (JNJB34) – Farmacêutica, R$ 809

“Fundada em 1886 e sediada em New Brunswick (EUA), é uma empresa global engajada na pesquisa, desenvolvimento e comercialização de uma vasta gama de produtos, em três segmentos: farmacêutico, dispositivos médicos e cuidados pessoais. Em 2020, suas ações caíram apenas 1,3%, o que se explica pela resiliência do setor e pela possibilidade de a divisão de produtos farmacêuticos desenvolver uma vacina para Covid-19. Receitas, lucros e LPA avançaram no 3T20, mesmo com os impactos da covid-19.”

Nike (NIKE34) – Calçados esportivos, R$ 721

“Uma das maiores empresas de calçados e materiais esportivos do mundo, tem grande foco no desenvolvimento do seus produtos. O design é um ponto forte, com ampla variedade de cores, tamanhos e customizações. O catálogo dividido em seis grandes categorias atinge diferentes nichos do mercado. A empresa tem gerado valor com um processo de inovação, traduzido em robustos resultados. No primeiro semestre deste ano, apresentou crescimento nos lucros anualizados, apesar da queda nas receitas totais. O avanço das vendas digitais compensou parcialmente as quedas nas lojas físicas.”

Alphabet (GOGL34) – Tecnologia, R$ 355

“A holding de tecnologia norte-americana tem várias áreas de atuação, com destaque para o Google, que disponibiliza diversos serviços de internet, como pesquisa na web, anúncios, comércio, mapas, hospedagem e transmissão de vídeos, e-mail, armazenamento na nuvem e sistema operacional para smartphones. A empresa se destaca pela importância desempenhada no cotidiano da sociedade e, consequentemente, no forte impacto nas receitas com publicidade e com a venda de serviços de tecnologia. Em 2020, suas ações cresceram mais de 60%, mesmo com o choque econômico da pandemia. Os resultados operacionais foram relativamente fracos, com custos e despesas avançando mais que receita, mas a geração de caixa continua forte.”

Pfizer (PFIZ34) – Farmacêutica, R$ 218

“A companhia global de pesquisa farmacêutica atua na descoberta, desenvolvimento, registro e fabricação de produtos de saúde. Tem uma lista variada de medicamentos e vacinas e marcas como Prevnar 13, Xeljanz, Eliquis, Lipitor, Celebrex, Pristiq e Viagra. Em função do seu histórico operacional e seu recente destaque na corrida pela vacina do Covid-19, sua ação sobe quase 40% em 2020. A companhia reportou queda de 9% nas receitas do 2T20, ante o mesmo período de 2019, o que refletiu na queda de 2% no LPA ajustado. Mas os avanços no desenvolvimento de uma vacina para a covid-19 podem trazer grandes retornos.”

Berkshire (BERK34) – Investimentos, R$ 1.158

“A Berkshire Hathaway foi comprada por Warren Buffet em 1962 e hoje é uma das maiores empresa do setor financeiro do mundo, com subsidiárias ligadas a vários outros setores. O megainvestidor é conhecido pelos seus altos retornos na bolsa americana ao longo dos anos, sua visão de longo prazo e simplicidade em sua filosofia de investimentos. Quem compra uma ação da Berkshire está investindo em setores como elétrico, seguros e construção civil, entre outros. As teses de investimento do grupo miram companhias que conhecem bem o negócio no qual estão inseridas, têm margem elevadas e geram um alto valor para o acionista. A Berskshire acumula prejuízo líquido de cerca de US$ 24 bi em 2020, mas, por ser focada no longo prazo, esse contratempo será mitigado ao longo dos próximos períodos.”

Coca-Cola (COCA34) – Bebidas, R$ 282

“A maior e mais famosa fabricante de bebidas do mundo, fundada em 1886 nos EUA, vende mais de 3900 produtos para mais de 200 países em todos os continentes. Entre suas mais de 500 marcas, as mais conhecidas no Brasil são Fanta, Sprite e Sucos Del Valle. O portfólio proporciona um considerável potencial de economia de custos com sua escala de distribuição, o que lhe permite ser bastante competitiva. A companhia apresenta um negócio duradouro, lucrativo e que tem grande apego pelo seu público-alvo. No ano, as ações tiveram um retorno próximo a 30%. A empresa foi muito atingida pelas medidas de isolamento social na pandemia, mas seus resultados evoluíram no 3T20.”

Pepsico (PEPB34) – Alimentos e bebidas, R$ 788

“A multinacional norte-americana, segunda maior empresa do mundo no ramo de alimentos, fabrica, comercializa e distribui bebidas e alimentos em mais de 200 países. O portfólio, variado, tem 23 marcas que geram, sozinhas, mais de US$ 1 bilhão em vendas anuais, caso de Pepsi, Gatorade, Toddy, Quaker, Elma Chips e Lipton. A diversificação da companhia foi fundamental para que ela atravessasse a pandemia com menor impacto em seus resultados. Receitas e lucro avançaram e os resultados devem continuar subindo. Em 2020, as ações da companhia já avançam mais de 43%.”

Disney (DISB34) – Entretenimento, R$ 698

“Maior conglomerado de mídia e entretenimento do planeta, a Disney foi pioneira na indústria de animação e criou novas divisões para produção de cinema, teatro, rádio, música, publicidade e mídia online. A empresa é reconhecida por seus estúdios de cinema em Hollywood, canais de televisão e pelos 14 parques temáticos ao redor do mundo. O encantamento e inspiração do cliente, por meio do poder de contar histórias, são a chave de seu sucesso. Em 2020, as ações se valorizaram mais de 20%. Apesar de a pandemia ter afetado seus parques temáticos, o número de assinantes dos canais de entretenimento aumentou consideravelmente.”

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