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BDRs para todos: veja opções e cuidados que o investidor deve ter

Nova regra para o produto entrou em vigor nesta quinta-feira (22)

BDRs para todos: veja opções e cuidados que o investidor deve ter
Tela de bolsa de valores (Foto: Evanto Elements)
  • Nova regra para BDRs entra em vigor nesta quinta-feira (22). A partir de agora, o ativo pode ser negociado por qualquer investidor pessoa física na B3
  • O produto funciona como um espelho de ações no exterior. Há 559 ativos listados na bolsa oriundos de empresas de 23 países
  • Veja como comprar os papéis, o que afeta sua rentabilidade, quais são os mais rentáveis e os cuidados que devem ser tomados na operação

A partir desta quinta-feira (22), os BDRs podem ser negociados por qualquer investidor pessoa física na B3. Após meses de espera desde o anúncio da mudança das regras, as alterações entraram em vigor e os brasileiros passam a ter acesso ao mercado de 559 ativos de empresas estrangeiras oriundos de 23 países.

Agora, além de diversificar melhor o portfólio, os investidores podem acessar setores pouco explorados no Brasil, como o de tecnologia, entretenimento e games. Ou seja, é possível investir nas ações da Apple (AAPL34), Disney (DISB34) e EA (EAIN34) sem abrir conta no exterior.

Vale lembrar que os Brazilian Depositary Receipts (BDR) são certificados negociados na B3 que espelham as ações, títulos de dívida estrangeiros e índices. Isso significa que, ao adquirir um papel, o investidor compra uma aplicação que vai replicar o comportamento do ativo original e está sujeito aos mesmos riscos inerentes à renda variável.

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Como comprar BDRs

Da mesma forma que uma ação brasileira, o investidor poderá comprar ou vender um BDR por meio das plataformas de bancos ou corretoras. O código do ativo sempre terá o número “34” no final e eles seguem as mesmas regras de negociação e tributação de um papel comum.

Os custos de corretagem para a operação variam em cada casa de investimentos e podem até ser gratuitos. Já a sua declaração é obrigatória em caso de vendas mensais e tributada se a operação ultrapassar a casa dos R$ 20 mil.

O que afeta a rentabilidade do BDR

O BDR reflete o desempenho do seu ativo original. Portanto, o produto acompanha seu desempenho quando ele sobe ou desce. Porém, por se tratar de um “espelho” de um papel no exterior, ele também é afetado pela variação cambial.

Por ser atrelado ao dólar, a ação está sujeita à alta volatilidade. Ou seja, caso o ativo se valorize um pouco, mas haja uma grande desvalorização da moeda americana ante o real, o papel pode apresentar rentabilidade negativa – e vice e versa.

Quais são os BDRs com melhor rentabilidade

Até agosto deste ano, o BDR com a maior variação positiva no ano era é da Tesla (TSLA34), com alta de 583,49%. Completavam o top 5 Nvidia (NVDC34), 201,31%; Mercado Livre (MELI34), 186,44%; Paypal (PYPL34), 153,51%; e Amazon (AMZO34), 148,71%.

Em setembro, os cinco BDRs que subiram no mês foram Fedex (FDXB34), 17,79%; Nike (NIKE34), 15,58%; Twitter (TWTR34), 13%; Duke Energy (DUKB34), 12,23%; e L Brands (LBRN34), 10,80%.

Cuidados na hora de investir em BDR

Além de entender os fundamentos da empresa, como qualquer outra ação, e a variação cambial, antes de fazer 0 investimento é necessário controlar o impulso de comprar papéis de empresas só porque são mundialmente conhecidas.

Por exemplo, se uma pessoa gosta mais do PS5 do que do Xbox Series X/S, ela pode ficar inclinada e fazer a compra do BDR da Sony (SNEC34) apenas por este motivo. Segundo especialistas, no entanto, o papel da Microsoft (MSFT34) tem melhor perspectiva e o investidor pode perder  ganhos robustos por preferir uma companhia sem fundamentos de mercado.

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