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CDBs de grandes bancos disparam com fuga de fundos de renda fixa

Solução tecnológica de instituições financeiras aplica automaticamente recurso parado na conta bancária

CDBs de grandes bancos disparam com fuga de fundos de renda fixa
Agência do Bradesco (Foto: Alex Silva/Estadão)
  • Depósito remunerado de liquidez diária rende 100% da taxa DI, mas esse tipo de juro pós-fixado está em 2,90% ao ano
  • Taxa DI pode cair para 2,15% ao ano em junho, se Banco Central baixar Selic para 2,25% ao ano
  • CDB possui cobertura pelo Fundo Garantidor de Crédito até R$ 250 mil por instituição financeira

A busca por liquidez diária no final de março e em abril levou os investidores a resgatarem seus recursos de fundos de renda fixa (DI e crédito privado) para a conta corrente. Automaticamente, os bancos, por meio de soluções tecnológicas já sistematizadas, emitiram certificados de depósitos bancários (CDBs). Em outras palavras, o dinheiro que saiu de carteiras de renda fixa para conta corrente foi direto para a renda fixa bancária (CDBs automáticos).

De acordo com dados do boletim mensal de renda fixa publicado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), houve uma expansão de R$ 138 bilhões no estoque de CDBs em abril, após um aumento já significativo de R$ 114 bilhões em março.

No primeiro quadrimestre do ano, a expansão líquida acumula R$ 267 bilhões em CDBs, para um total de R$ 1,1215 trilhão em estoque, um aumento de 28% no período.

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“O investidor preferiu ficar com o dinheiro disponível e buscou a liquidez diária em ativos de alta qualidade em bancos sólidos”, diz André Fernandes, head de produtos da Ágora Investimentos, ao confirmar a aplicação em CDBs de grandes bancos, como o Bradesco.

Tendência para maio

Esse movimento também foi confirmado pelo CEO da Bradesco Asset Management (Bram), Ricardo Almeida. “Entre um fundo de renda fixa que pagava 101% ou 102% do DI, mas com volatilidade, o investidor prefere um CDB de liquidez diária que rende 101% do DI, que não tem esse risco”, afirmou o executivo.

Mas na visão dele, esse movimento de ida para o CDB não deve se repetir em maio, pois os fundos de curto prazo já apresentam recuperação positiva.

“Houve uma corrida por liquidez diária, resgataram de fundos DI e de crédito privado, e o recurso foi parar no CDB automático do mesmo banco (da conta corrente), de grandes instituições. O investidor que vê cota negativa num fundo e resgata precisa de uma educação financeira maior. Hoje, as oportunidades no mercado secundário estão melhores que as do mercado primário”, afirma David Camacho, sócio e gestor da Devant Asset.

Para Lucas Collazo, estrategista de alocação da Rico, o investidor de perfil mais conservador está encontrando CDBs de instituições de alta qualidade com taxas interessantes nesse atual momento.

“Tem CDB pagando mais de 100% do DI, com liquidez diária. E temos um privilégio: o Brasil é ainda um dos poucos países do mundo onde o rendimento da renda fixa empata com a inflação. Lá fora, o retorno (final) está negativo”, compara.

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Entre os exemplos de mercado, o CDB PagBank, da plataforma PagSeguro PagBank, lista o produto financeiro com taxa de até 120% do DI, dependendo do prazo de vencimento. “Rendimento até 33% maior que a caderneta de poupança”, informou o emissor em nota.

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