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Guide: ciclo atual da curva de juros dos EUA traz melhor retorno

Apesar disso, o ano atípico, com o conflito entre Ucrânia e Rússia, quase zerou os ganhos do período

Guide: ciclo atual da curva de juros dos EUA traz melhor retorno
O atual ciclo da curva de juros dos Estados Unidos é, historicamente, o que traz mais retorno ao investidor da bolsa americana e ainda durará cerca de nove meses. Foto: Envato
  • O atual ciclo da curva de juros dos Estados Unidos é, historicamente, o que traz mais retorno ao investidor da bolsa americana e ainda durará cerca de nove meses

O atual ciclo da curva de juros dos Estados Unidos é, historicamente, o que traz mais retorno ao investidor da bolsa americana e ainda durará cerca de nove meses. É o que revela estudo realizado pela Guide Investimentos. Apesar disso, o ano atípico, com o conflito entre Ucrânia e Rússia, quase zerou os ganhos do período.

O levantamento observou o histórico de 30 anos e concluiu que os cinco “achatamentos de urso” (bear flattening, em inglês) do período, que ocorrem quando o juro curto sobe mais que o juro longo, achatando a curva e sinalizando um aperto da autoridade monetária, historicamente geraram retorno médio de 28% para o índice S&P 500, o principal da bolsa americana.

Nos últimos 12 meses, no entanto, o retorno foi de 0,91%, sendo variação negativa de 11,90% desde o início do ano, o que reduziu drasticamente os ganhos do período.

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“A melhor fase do S&P 500 historicamente é precisamente agora no ‘bear flattening’, onde o mercado de trabalho é robusto e o banco central ainda não ajustou a política monetária o suficiente para brecar a economia”, afirma Alex Lima, estrategista-chefe da Guide Investimentos. Segundo o estudo, esse ciclo geralmente dura 22 meses, sendo que já estamos no 13º.

De acordo com Lima, uma das características da economia americana é a transparência dos seus ciclos econômicos. As fases de expansão e contração e momentos inflacionários são bem demarcadas e essa é uma das razões da obsessão do mercado de maneira geral com a inclinação da curva, já que, geralmente, a mudança da inclinação indica algum tipo de mudança de ciclo econômico mais à frente.

A tendência, segundo a pesquisa, é de que após esse período a economia americana entre no “aumento de inclinação de touro” (Bull Steepening, em inglês), com o juros curto caindo precificando o corte do Fed (Sistema de Reserva Federal) e a economia desacelerando, sentindo o peso da inflação.

“O ajuste será grande. A economia deverá desaquecer marginalmente”, diz Lima. “De certa maneira, a sinalização do recente achatamento e inversão da curva de fato precede outro ciclo econômico. A pergunta é se essa desaceleração será fabricada pelo próprio Fed ou via ajuste de demanda, global ou local”, conclui.

Ele ressalta, no entanto, que, apesar da inclinação da curva oscilar entre momentos de inclinação e achatamento, alguns ciclos são mais duradouros que outros. Entre 2007 e 2017, por exemplo, a curva permaneceu bastante inclinada, coincidindo com o aumento do balanço do FED e com o desemprego diminuindo.

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