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Investimentos

Conheça 10 fundos privados queridinhos dos investidores; ainda vale a pena entrar?

Investimentos em fundos de crédito privado dispararam nos últimos 12 meses, segundo levantamento da Quantum

Conheça 10 fundos privados queridinhos dos investidores; ainda vale a pena entrar?
O mercado de crédito privado começou o ano de 2024 bem aquecido. (Foto: AdobeStock)
  • Mudança regulatória feita pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) fez com que os investidores migrassem para os fundos de crédito privado
  • Veja os fundos privados que se destacaram em 2024

O mercado de crédito privado brasileiro passa por um momento de grande movimentação. Como mostrado nesta reportagem, uma mudança regulatória feita pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em fevereiro fez com que os investidores migrassem dos títulos que eram isentos de Imposto de Renda (IR) para outras opções, como a renda fixa. Com isso, os fundos privados se destacaram, sobretudo uma lista de 10 ativos. (veja a tabela abaixo).

Um levantamento feito pela Quantum Finance, enviado com exclusividade ao E-Investidor, aponta que os investimentos em fundos privados dispararam nos últimos meses, atingindo o ápice no último mês de março, coincidindo com o período da alteração da lei. A captação mensal atingiu o maior patamar histórico da amostra, com mais de R$ 32 bilhões.

Houve uma maior procura por esses títulos no mercado secundário, e consequentemente, um fechamento do spread (diferença entre o preço de compra e o preço de venda) desses títulos, segundo o analista de renda fixa na Nord Research, Christopher Galvão. “Isso acabou resultando numa forte rentabilidade dos fundos de debêntures incentivadas, principalmente em fevereiro e também em março”, diz.

De acordo com o especialista Pedro Lang, da Valor Investimentos, que é credenciada à XP Investimentos, os cotistas estão sendo extremamente beneficiados pelo movimento. “Quando se tem muita demanda, os fundos precisam comprar mais ativos, e com isso os preços sobem”, afirma.

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O campeão do ranking  pertence à gestora BNP Paribas Asset Management. Foi lançado em 2008 e possui a estratégia “Referenciado DI”, que consiste em acompanhar a variação da taxa CDI (Certificado de Depósito Interbancário). O valor total negociado do ativo é de R$ 5,4 bilhões.

Veja os demais fundos:

Quais as tendências do crédito privado?

Para o especialista Pedro Lang, a perspectiva atual de redução da taxa de juros pelo Banco Central pode beneficiar esses fundos e manter o cenário positivo. “Espera-se que mais investidores sejam atraídos para essa classe de ativos, à medida que as condições de mercado se estabilizarem e as taxas de juros diminuem, eventualmente”, diz.

Mesmo assim, é importante ressaltar que por conta da captação elevada dos últimos meses e a diminuição da oferta de produtos em função da nova conjuntura da CMN, os títulos de crédito corporativo estão sendo emitidos com taxas menores. Isso significa que a tendência é que o retorno dos fundos seja menor no futuro.

Além disso, há um possível obstáculo que poderia prejudicar o panorama, segundo Lang: eventuais problemas de crédito. “Casos como Lojas Americanas (AMER3) e Light (LIGT3) acabam trazendo medo e afugentando investidores, mas, de maneira geral, acho que isso não parece ser o caso”, pontua.

Para o sócio fundador e diretor de Investimentos da ID Gestora, Gustavo Biava, o maior empecilho para o crescimento desses fundos é a baixa liquidez dos ativos de crédito privado no mercado secundário. Isto é, há certo limite na capacidade dos gestores de ajustar as carteiras de investimentos rapidamente em resposta às mudanças nas condições de mercado ou aos objetivos dos investidores.

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Porém, para o especialista o cenário é de amadurecimento. “Existe uma perspectiva de crescimento, entre aqueles que investem em empresas de médio porte, o chamado ‘middle market’, onde é possível obter spreads interessantes, com um nível de risco equilibrado e diversificado”, diz Biava.

O analista Christopher Galvão acredita que não deve haver uma performance significativa nos próximos meses. “Embora tenha havido uma forte rentabilidade recente devido a esse cenário, aqui para frente não devemos esperar um forte fechamento de spreads novamente, pois os riscos dos prêmios já estão bem comprimidos”, afirma.

Segundo Galvaõ, a rentabilidade dos fundos de debêntures incentivadas nos próximos meses deve acontecer de forma mais gradual e não mais da mesma forma que vimos em fevereiro.

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